31.12.05

Magia Wiccan

Dali
DOM WICCANO

1) DOM DE CURAR (mãos/corpo) - Tristezas, desânimos, mágoas, saúde etc.
2) DOM DE FALAR LÍNGUAS (boca) - Falar a língua dos jovens e velhos, mulheres e homens, ricos e pobres, maldosos e bondosos, saudáveis e doentes, porque a Bruxa já venceu o demônio chamado "preconceito".
3) DOM DO CONHECIMENTO (mente) - Porque a Bruxa estuda atentamente, incansavelmente todas as artes, todas as ciências que puder, para assim estar apta a ajudar sempre e cada vez melhor todo aquele que dela precisar.
4) DOM DA ALEGRIA (sentir) - Que independe da dor, da pobreza, da incompreensão e de qualquer outra energia desarmônica. Porque a Bruxa sabe, aprendeu com a Natureza, mais precisamente com as fadas que, a vida é por si só é celebração e que a evolução espiritual depende da alegria. O prazer de viver. É o prazer que eleva não a dor.
5) DOM DA CLARIAUDIÊNCIA (ouvidos) - Escutar, todos os que não são surdos escutam, mas ouvir nem todos ouvem, pois para ouvir é preciso estar no aqui/agora, estar presente, aberta de mente e alma, mergulhar no som das palavras e sentir cada vibração, perceber cada entonação. É preciso em verdade... Estar disponível... A Bruxa tem o dom de ouvir claramente é clariaudiente.
6) INTUIÇÃO (nariz) - Figuradamente, o mesmo que cheirar no ar, farejar... A intuição é o resultado do desenvolvimento mental (estudos e meditação), resultado de saber ouvir, não é algo aleatório que alguns nascem com outros não, mas como todos os outros dons são desenvolvidos com esforço e constância. (certo é que, algumas Bruxas já os desenvolveram em vidas passadas, e nessa trabalham em prol de seu aperfeiçoamento).
7) CLARIVIDÊNCIA (olhos) - Ver claramente, esse dom, se explica por si só, mas alguma palavra nunca é demais... A clarividência é o resultado da atenção, do conhecimento, da disponibilidade e do entendimento.
8) DOM DO AMOR (corpo/alma) - Deixei esse por último porque ele é a somatória dos outros sete dons, o amor é o que move a Bruxa, o amor pela Terra e por tudo o que ela contém. Para a Bruxa TUDO é sagrado e amado!
Autor Desconhecido

UM PEDIDO AO DEUS E À DEUSA

Eu, como sacerdote/sacerdotisa, bruxo (a) e filho (a) do Deus e da Deusa, decidi hoje:
Caminhar sobre a terra com passos leves,
buscando o equilíbrio em todas as coisas.
Buscar a integridade e agir com consciência.
Agradecer pelas benções da vida
e manter o bom humor em todas as situações.
Olhar com amor para toda a criação.
Buscar a sabedoria e a orientação da Mãe Natureza.
Ser uma fonte de força e conforto
para a minha família e amigos.
Escolher curar em vez de ferir.
E me lembrar de que a escolha
de como agir ou reagir é sempre minha.

Adaptação do artigo “Walking Your Talk”,
De Dieanne Sylvan – Wicca Almanac


Lindo isso tudo, não?
O Dom, o Poder, o Equilíbrio e a Magia de simplesmente fazer e desejar o bem... O maior dos feitiços... O Amor.
Cada vez que me deparo com textos deste tipo sinto uma felicidade enorme, pois descubro que não estou sozinha...
Acho que estou encontrando o caminho de casa...

...E ainda exitem aqueles que dizem que as bruxas são más...

Bjs

27.12.05

Excluídos

Depois de 72 horas com uma dor de cabeça insuportável e a mais de 24 horas com uma febre que teima em não me deixar, resolvi sair da cama e ir caminhar um pouco. Quem sabe respirando outros ares ou mesmo o desgaste físico não fariam meu corpo reagir...

Fui para o centro comercial aqui da região... Minha cabeça parecia que queria partir-se ao meio... Eu não conseguia pensar em nada... Em nada mesmo...

Por onde eu estava caminhando, eu tinha que passar no meio de um grupo de vendedores ambulantes... Normalmente eu não passo no meio deles para evitar que tentem me “empurrar” coisas. Mas hoje eu não estava nem aí para isso e segui em frente. Quando eu já estava bem no meio deles, percebi que alguém se aproximou de mim e que falou algo que eu não entendi. Continuei andando e ele tornou a falar comigo, desta vez eu consegui entender o que ele dizia. Ele me perguntou se eu me incomodava em dar atenção a um aidético por um minuto.

No mesmo instante eu parei e olhei para o rosto dele. Ele usava uma máscara descartável (aquelas “de médico”...). Eu fiquei ali parada olhando nos olhos dele. Mas ele não podia ver os meus olhos por causa do óculos de sol.

Mesmo com a dor de cabeça, com o sol e o risco de “cair dura” por causa da fotofobia, eu tirei o óculos. Segurei na mão dele que tinha algumas coisas que ele parecia querer vender, olhei novamente dentro de seus olhos e disse:
- Não, eu não me incomodo em dar atenção a você. O que você deseja?

Ele baixou os olhos e ficou ali parado olhando para minha mão que estava sobre a dele e não dizia absolutamente nada.

Eu tornei a perguntar o que ele queria.
O ambulante tornou levantar seus olhos, quando então eu pude perceber que eles estavam cheios de lágrimas e ele disse:
Eh... Estou vendo que a senhora não se incomoda mesmo em dar atenção a mim.
Então eu perguntei: - E por que eu me incomodaria?
Ele não disse o por que... Mas afastou-se e disse:
- A senhora tem luz nos olhos e no coração... Que Deus lhe abençoe!
E eu pensei comigo: ...Se ele soubesse a minha relação com o Deus...
Ele continuou se afastando e dizendo aquelas coisas cada vez mais alto como se quisesse que todos ali escutassem.
Eu sorri para ele e continuei a caminhar.

Até agora estou pensando naquele homem... Não só nele, mas nas pessoas que são excluídas ou mesmo repelidas pela ignorância da nossa sociedade hipócrita e demagoga.


Bjs

11.12.05

Um mundo mais simples

Hoje, mais uma vez um diálogo com o Biel me vez parar para pensar, como poderíamos viver em harmonia com outros seres, se todos tivessem a forma simples de ver as coisas como as crianças... Sem possessão e/ou sem egoísmo.

Hoje a tarde eu estava no PC “as brigas” com os códigos e não percebi quando o Biel se aproximou e me pegou de surpresa com a pergunta:

- Mãe, você sabia que pai e mãe se separa?
Levei alguns segundos pra me recobrar do susto pelo silêncio quebrado, me desligar dos códigos e entender o que ele falava, então eu disse:
- Sim, eu sei... e...?
Ele então continuou:
- Você sabe que quando o pai e a mãe se separam eles não dormem na mesma cama?
- Sim Biel eu sei...

Comecei a tentar imaginar onde ele iria chegar... e se tratando do Biel, eu já podia contar que não seriam as duas únicas perguntas.

Ele fez uma pausa, rondou pelo quarto, sentou-se na cama, sorriu meio desconsertado, pois percebeu que eu o observava e aguardava que ele continuasse. Fiz sinal com os olhos como de costume quando quero dizer que “permito” alguma coisa. Mesmo com seus cinco aninhos... ele já conhece bem o meu olhar e o meu semblante e se sentiu a vontade para continuar.

-Mãe... e você sabe que quando o pai e a mãe se separam que o pai vai embora?
Eu sorri como me é peculiar e respondi que sabia sim e perguntei o porquê ele estava fazendo tais perguntas. Ele não respondeu, ficou calado por alguns segundos como se estivesse pensando ou mesmo tentando se lembrar de algo...

Então perguntou: -O pai quando vai embora arruma outra mãe e a mãe quando o pai vai embora arruma outro pai, não é?
Pensei comigo... Que rolo... mas deu pra entender... e respondi:
-Biel... Quando os pais e as mães se separam é porque não querem mais ficar juntos ou dormir juntos e eles devem sim conhecer outras pessoas pra viver com eles ou mesmo só pra namorar... eu acho isso legal.

Ele parou me olhou dentro dos olhos e disse: - Se meu pai não dorme mais aqui com você... Então ele tem que ir embora e arrumar outra mãe, não é?
Eu sorri mais uma vez e respondi: - Sim Biel, ele deveria sim arrumar outra pessoa pra viver com ele.

Ele continuava a me olhar nos olhos, mas dessa vez fui eu que fiz a pergunta:
-Biel... e eu... quando seu pai for embora o que eu devo fazer?
Ele não tirava seus olhinhos dos meus e disse sem piscar ou mesmo sem pensar:
Ah mãe... você vai arrumar outro pai né?! E saiu para continuar brincando...

Eu continuei ali parada e pensando como é simples, como poderia ser tão simples se todos continuássemos a ser criança.


Bjs

20.11.05

Prometa e cumpra

"Prometa e cumpra. Pronto: você acaba de se tornar a única lâmpada acesa na escuridão do mundo. E a mais desejada, adorada e... cara."

Frase de Bill Bixby, ator. O texto abaixo é de Aldo Novak.

Todas as vezes nas quais dizemos algo, estamos fazendo um juramento. Não importa se temos alguma consciência disso. Não importa se quem escuta não tem interesse no que dizemos. Ainda assim, cada palavra que parte de nós, é um juramento. Um pacto.

Talvez por isso, mais do que qualquer outra coisa, os Cavaleiros da Távola Redonda, prezavam tanto a palavra. Talvez por isso, os maiores heróis que conhecemos, na vida real ou na ficção, sejam aqueles que prezam sua palavra e, com freqüência, enfrentam a dor e o peso de sofrer para manter essa palavra. Aqueles para os quais o conceito de honra vai muito além da abstração literária.

Não importa se a Távola existiu ou não. Nem importa se o Rei Arthur faz parte da história ou somente da lenda. O que importa, pense comigo, é que as estórias ficcionais, mesmo aquelas travestidas de fatos históricos, refletem com força avassaladora aquelas raízes profundamente incrustadas em nossa mente, que nos causam admiração e respeito. Por isso, a força da palavra é tão respeitada e desejada por nós, mesmo que pouco praticada.

Todos os grandes heróis da ficção são pessoas de palavra. Por isso os admiramos. Sabemos que podemos confiar neles. Mesmo quando falham sabemos, no nosso íntimo, que em nenhum momento eles esqueceram o que disseram. Sabemos que, grande parte do tempo, eles mantiveram suas promessas na mente e agiram, sem nenhuma dúvida, com base nessas promessas, não nas facilidades de ocasião.

Superman, e a palavra que deu para defender a Terra; Zorro, e a palavra que deu em defender a justiça; Luke Skywalker, e a palavra que deu em defender a galáxia da opressão. Todos eles são heróis de ficção, mas de onde nasce a ficção? Do nada?

A ficção sempre nasce do fogo que existe em nossos corações e mentes, sendo somente o reflexo da mais essencial realidade. A ficção sempre nasce da realidade, tornando-se uma forma ímpar de transferir para milhões de pessoas uma série de conceitos essenciais para a vida, mesmo que abstratos, sem que a mensagem seja bloqueada por nossos filtros de "lógica", geralmente confusos e incoerentes.

As mais admiráveis histórias são aquelas que têm, do começo ao fim, alguém que diz o que fará e faz o que disse que faria. Por que "Romeu & Julieta" é uma das histórias de amor que resiste ao tempo? Porque os dois agiram de acordo com suas palavras. Independente do final trágico, no fundo cada um de nós gostaria de ter a seu lado alguém que diz coisas nas quais podemos confiar cegamente, como Romeu podia confiar em Julieta; como Julieta podia confiar em Romeu.

Cada um de nós gostaria de ter pessoas à sua volta, que tivessem um total comprometimento com a própria palavra dada.

Mas quantos de nós oferecem o mesmo? Quantos de nós estão comprometidos com as palavras ditas. Você está? As dez pessoas mais importantes da sua vida podem confiar cegamente na sua palavra? Responda em silêncio. A resposta pode doer.

Sim, eu sei que quando fazemos isso, abrimos mão de escudos. Nos tornamos passíveis de errar. Podemos, até mesmo, descobrir que somos os heróis da história, e a outra pessoa, a vilã. Pode ser.

Ainda assim, liste ao menos 1 pessoa para a qual você jamais, nunca romperia a palavra e diria sempre a verdade absoluta. Escolha essa pessoa com cuidado, usando a razão e o coração. Ofereça à essa pessoa a honra de poder confiar em você cegamente. E cumpra suas promessas.

Minha sugestão, é a de que essa primeira pessoa seja você mesmo.

Que cada palavra e promessa que você fizer ao homem ou mulher que aparece diante do seu espelho, toda manhã, seja cumprida ao pé da letra. Doa o quanto doer. Ganhe a confiança dessa pessoa. Olhe-a nos olhos. Agradeça aos deuses do Olimpo por ela existir. E ofereça a sua confiança nela, e sua palavra de honra que cumprirá todas as promessas ditas ou não ditas.

Sim, a palavra pode ser sonora ou apenas indicada. Cumpra toda promessa, mesmo aquelas que não foram ditas.

O risco da dor é o preço pago pela busca do amor - mesmo do amor por si próprio.

Minha sugestão, é a de que a segunda pessoa seja aquela que divide com você a existência. Deixo em aberto o significado disso, já que pode ser uma esposa/marido, namorada/namorado ou simplesmente um amigo/amiga.

Se você falhar (e todos podemos falhar, seja na ficção ou realidade), faça como os heróis fazem. Desculpe-se. Reflita e dobre seu nível de comprometimento. Sempre que quebramos a palavra com alguém, temos que pagar o preço de reconquistar sua confiança. Pode demorar, especialmente se você quebrou a palavra para com seu espelho. Mas vale a pena ter alguém com quem você pode ser 100% franco.

Quando você pode confiar naquilo que diz para si mesmo, fica muito mais fácil oferecer essa mesma confiança e comprometimento para outra pessoa. E quando começamos a fazer isso, em um mundo no qual a maioria das pessoas diz o que não pensa, faz o que não quer e esquece tudo o que disse quando é conveniente, nos tornamos essenciais no tecido da vida da outra pessoa. O compromisso com a verdade e com a palavra é tão raro, que a maioria das pessoas nem acha que isso é possível. E, quem promete muito para poucos, e cumpre suas promessas, pode muito bem se transformar em um herói da vida real.

Não que haja qualquer importância em ser um herói. A importância está em ser alguém em quem outro alguém pode confiar cegamente. A importância está em ter alguém em quem se possa confiar cegamente. Não prometa tudo para todos. Somente para alguns. Se você tiver apenas 10 pessoas que possam confiar cegamente em todas as suas promessas, você já estará acima dos bilhões de pessoas que habitam esse planeta. Escolha essas pessoas com cuidado e, se elas não fizerem o mesmo por você, tire-as de sua lista e escolha alguém em quem possa confiar.

Como disse Bill Bixby, "Prometa e cumpra. Pronto: você acaba de se tornar a única lâmpada acesa na escuridão do mundo. E a mais desejada, adorada e... cara."

Prometa pouco para muitos, e muito para poucos. Os poucos que podem confiar cegamente em você. Feito isso, o mundo todo torna-se muito mais simples. Muito mais confortável. Muito mais alegre. E muito mais seu.

Aldo Novak
Diretor da Academia Novak do Brasil

25.10.05

Quem....

Estamos chegando ao limite. A vergonha já tinha acabado. Mas, agora acabou o medo. A lei esta protegendo o crime. Não é possível que não haja uma instituição nacional que possa impedir esta, como direi, esta emporcalhada imundice, esta homenagem ao crime.

Estão dando bofetadas na sociedade e ninguém reage? A opinião pública vai continuar a apanhar na cara e ninguém nos protege?

Estão provando que o crime compensa. Alguém tem de impedir o fim da lei no Brasil. Quem? O Ministério Público, o Supremo Tribunal Federal? Quem? Tem de haver uma intervenção em Rondônia. Mas quem vai intervir? A Saúde Pública? O departamento de águas e esgotos? Os limpadores de fossa?

Ah!!! Talvez o Governo Federal pudesse intervir, mas o governo Lula está sem tempo, está tentando impedir investigações nas CPIs. Talvez a ONU, quem sabe, Alá! Isso, Deus...

Quem? Quem pode intervir? Quem?
Arnaldo Jabour
Em 22 de outubro de 2005
Jornal Nacional/Rede Globo

13.10.05

Direito da Criança

Estamos na semana da criança e eu não consideraria mais que um dia de “festa” da indústria/comércio e poderia até deixar passar em branco, se não fosse por um detalhe: As crianças.

Um pouco de História...

História do Dia da Criança no Brasil:
A iniciativa de criar um dia especialmente dedicado às crianças foi do deputado federal Galdino do Valle Filho, ainda na década de 1920. Depois de aprovada pelos deputados, o 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924. Mas somente em 1960 quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" é que a data passou a ser comemorada. Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, como meio de aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e "ressuscitaram" o antigo decreto. A partir daí, o 12 de outubro se transformou em uma das datas mais importantes do ano para o setor de brinquedos.


Pois bem, eu poderia, deveria e até queria dizer tudo o que penso, mas após buscar e organizar as imagens que seguem neste post, não consigo escrever mais que este esclarecimento. São palavras que estão me faltando? Não, elas nunca me faltam... Porém, a angústia, as lágrimas e a revolta me pedem silêncio para deixar que as imagens falem por si só.

Abaixo segue a Declaração dos Direitos da Criança (ONU), com algumas imagens que eu encontrei com ferramentas normais de busca na internet. As mesmas apenas foram redimensionadas e organizadas para ilustrar o post e não sofreram nenhum tipo de edição gráfica, além da colocação de trajas, para preservar a imagem das crianças, como rege no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Gostaria de alertar que em momento algum estou fazendo críticas a Declaração dos Direitos das Crianças ou mesmo ao Estatuto da Criança e do Adolescente, pois sei que apesar de tudo, existem muitas pessoas pelo mundo, tentando fazer com que os Princípios sejam cumpridos... Mas essa é a minha forma de não deixar passar em branco.

Bjs

ATENÇÃO!!! Algumas imagens neste post são fortes e não devem ser vistas por crianças ou por pessoas sensíveis.
DECLARAÇÃO DOS DIRETOS DA CRIANÇA – ONU
PRINCÍPIO 1º
Toda criança será beneficiada por esses direitos, sem nenhuma discriminação por raça, cor, sexo, língua, religião, país de origem, classe social ou riqueza. Toda e qualquer criança do mundo deve ter seus direitos respeitados.

PRINCÍPIO 2º
Toda criança tem direito a proteção especial, e a todas as facilidades e oportunidades para se desenvolver plenamente, com liberdade e dignidade.

PRINCÍPIO 3º
Desde o dia em que nasce, toda criança tem direito a um nome e uma nacionalidade, ou seja, ser cidadão de um país.

PRINCÍPIO 4º
As crianças têm direito à crescer com saúde. Para isso, as futuras mamães também têm direito a cuidados especiais, para que seus filhos possam nascer saudáveis.
Toda criança também têm direito a alimentação, habitação, recreação e assistência médica.

PRINCÍPIO 5º
Crianças com deficiência física ou mental devem receber educação e cuidados especiais. Porque elas merecem respeito como qualquer criança.

PRINCÍPIO 6º
Toda criança deve crescer em um ambiente de amor, segurança e compreensão. As crianças devem ser criadas sob o cuidado dos pais, e as pequenas jamais deverão separar-se da mãe, a menos que seja necessário.

O governo e a sociedade têm a obrigação de fornecer cuidados especiais para as crianças que não têm família nem dinheiro para viver decentemente.

PRINCÍPIO 7º
Toda criança tem direito de receber educação primária gratuita, e também de qualidade, para que possa ter oportunidades iguais para desenvolver suas habilidades.
E como brincar também é um jeito gostoso de aprender, as crianças também têm todo o direito de brincar e se divertir.

PRINCÍPIO 8º
Seja em uma emergência ou acidente, ou em qualquer outro caso, a criança deverá ser a primeira a receber proteção e socorro dos adultos.

PRINCÍPIO 9º
Nenhuma criança deverá sofrer por pouco caso dos responsáveis ou do governo, nem por crueldade e exploração.
Nenhuma criança deverá trabalhar antes da idade mínima, nem será levada a fazer atividades que prejudiquem sua saúde, educação e desenvolvimento.

PRINCÍPIO 10º
A criança deverá ser protegida contra qualquer tipo de preconceito, seja de raça, religião ou posição social. Toda criança deverá crescer em um ambiente de compreensão, tolerância e amizade, de paz e de fraternidade universal.

ATENÇÃO!!! Este vídeo contém imagens fortes é desaconselhável a crianças e/ou pessoas sensíveis.

Música: Paciência - Lenine


Declaração dos Direitos da Criança
http://www.onu-brasil.org.br/

Imagens
http://www.google.com.br/
(Buscar por: fome, miséria, violência, drogas, cheirar cola, soldados do tráfico, trabalho infantil, morador de rua, aborto, gravidez, vítimas, guerra, prostituição, prostituição infantil, pedofilia, criança).

11.10.05

A Mentira do Desarmamento


A maior desgraça para o homem é trair sua própria consciência pela omissão.

Não posso quedar silente sobre o abominável Referendo do Desarmamento que acontecerá no próximo dia 23 de outubro, quando cada brasileiro, por meio do voto, aprovará ou não a proibição da venda de armas de fogo e munições no Brasil.

Com a experiência adquirida no decorrer de algumas dezenas de anos, no cargo de Juiz de Direito, com atuação na área criminal, penso que tenho o dever de alertar o eleitor brasileiro para o engodo, a hipocrisia de certos políticos e da própria mídia brasileira, tentando passar ao povo a falsa idéia de que: “proibida a venda de armas” não mais se cometerá crimes. Nada mais irreal, mentalidade retrógrada atribuir-se às armas o aumento da criminalidade. Não lembro de ter condenado alguém pela prática de crime com arma de fogo legalizada e, segundo a estatística, não chega a um por cento do cidadão brasileiro autorizado a portar arma de fogo. Há que se concluir, portanto, que o bandido não compra armas em lojas, nem pode comprá-las por não preencher os requisitos legais. Tanto que as armas utilizadas pelo bandido, principalmente em centros urbanos maiores, são de uso proibido, porque de uso exclusivo das Forças Armadas, como, por exemplo, metralhadora, fuzil AR15, granada, pistola 9mm, e tantas outras. De outro lado, poucos são os brasileiros honestos que conseguem comprar armas legalmente, justamente em razão das exigências e da burocracia previstas em lei, aliadas ao fato de que não é pequeno o custo de uma arma e das altas taxas cobradas pelo governo. Já ouvi alguns políticos afirmarem que são favoráveis ao desarmamento porque a maioria das armas utilizadas pelos bandidos é furtada. Argumento absurdo, eis que a maioria das armas é contrabandeada, ou de uso exclusivo das Forças Armadas. Na hipótese de ser verdadeira tal afirmação, apenas para argumentar, cabe ao aparato policial atuar fortemente no combate ao contrabando, ao roubo e ao furto de armas, apreendendo-as e devolvendo-as aos seus legítimos proprietários, prendendo o bandido, que é quem deve ser desarmado.

Em verdade, quem efetivamente mata não é a arma: é o bandido. E quem mata muito mais que o bandido, por incrível que pareça, é o motorista, que sequer possui arma, utilizando-se do automóvel, principalmente a motocicleta, que estão não só matando nossos jovens, pais e esposas, mas deixando-os paraplégicos ou tetraplégicos, acarretando vultosa despesa para o governo com tratamentos médico-hospitalar e fisioterápico. O índice de mortalidade e aleijão por arma de fogo de uso permitido e legalizada em relação ao automóvel e à motocicleta é nenhuma. Aliás, o veículo automotor é uma constante arma engatilhada contra a cabeça de seus ocupantes e é considerado a terceira maior causa de mortes, só perdendo para o câncer e o enfarte, principalmente a motocicleta por não preencher nenhum dos requisitos exigidos pelo Código de Trânsito Brasileiro para circular pelas nossas rodovias. Com um detalhe que foge a todos: para adquirir a carteira de habilitação, o motorista necessita ter apenas 18 anos de idade, enquanto que, para a compra de uma arma, a idade não pode ser inferior a 25 anos. Com outra diferença, o cidadão que mata, por motivo fútil, utilizando-se de arma de fogo, é condenado à pena mínima de 12 (doze) anos de reclusão, enquanto, ao motorista infrator, a pena mínima é de apenas 1(um) ano de detenção. Matar por matar, então por que não proibir referidos veículos? Retrocederíamos à era da charrete e do cavalo.

Não tenho dúvidas de que o desarmamento fará o homem retroceder à era do “homem da pedra lascada”, porque passará a fazer uso da faca, do punhal, da espada, do arco e flecha, da lança e por aí em diante, assombrando a todos, porquanto os bandidos continuarão usando armas de fogo. Ao trabalhador restará o consolo de rezar e pedir ao bandido que lhe poupe a vida, pois a polícia jamais poderá estar em todos os lugares ao mesmo tempo, entregando a tão almejada proteção. O índice de criminalidade crescerá, conforme se tem verificado nos países que optaram por essa insensatez. Vejo o Estatuto do Desarmamento como uma verdadeira falta de bom senso, completamente fora da realidade nacional, porque criado justamente num momento crítico em que a escalada do crime assola o País e assusta o povo.

Na realidade, o ser humano sempre precisou usar armas, seja de fogo ou arma branca, para sua proteção, de sua família e de seu patrimônio. Por isso, o homem de bem tem o direito, sim, à legítima defesa própria e de terceiros.

Assim é que, desde as mais antigas civilizações, o homem precisou de armas, não só para defender-se de outro homem, ou de ataques externos, mas também para defender-se de animais, e para caçar, garantindo, assim, a sua sobrevivência.

É uma idiotice pensar que as fábricas brasileiras deixarão de fabricar armas. Continuarão fabricando e vendendo para o exterior, e, o que é pior, retornarão ao Brasil por vias ilegais, sem o pagamento de impostos, e continuarão nas mãos dos bandidos. Observa-se que o Estatuto do Desarmamento (Lei n. 10.826, de 22-12-03) não proibiu a fabricação de armas, mas tão-somente a venda.

Aos brasileiros honestos vai o meu conselho: não abram mão do direito de possuir uma arma para a sua defesa, de seus familiares e proteção do seu patrimônio, pois não é desarmando o trabalhador que reinará a paz nas ruas.

Ao contrário, o bandido continuará armado, invadindo estabelecimentos comerciais, propriedades rurais e residências, como, aliás, já vem ocorrendo, e por certo ocorrerá com maior freqüência, com o cidadão desarmado, espalhando pânico entre a população ordeira.

Pense muito bem, reflita o mais que puder, pois a sua decisão, votando pelo desarmamento, será irreversível. Você, seu filho, seu neto, enfim, seus descendentes, jamais poderão adquirir uma arma para se defender.

Tenho a consciência do dever cumprido, e nada mais oportuno invocar o pensamento do escritor francês Anatole France, por se amoldar perfeitamente sobre a barbaridade que se está querendo impor ao brasileiro honesto e ordeiro:

“Se cinqüenta milhões de pessoas fazem uma grande besteira, não será por isso que ela deixará de ser uma grande besteira” (1844-1924).

E o bandido agradecerá o desarmamento.

Rui Fortes
Desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina
Fonte: www.amebrasil.com.br

2.10.05

O Revorve do Tropeiro

Ai ai ai... Essa eu não poderia meeeeesmo deixar de colocar aqui no blog. A comunidade Rockeira que me perdoe, mas esta será a minha música do mês...

Bjs e bom divertimento pro cs!
Seu Delegado eu vim trazer meu revorvinho,
Que eu ganhei do meu padrinho
Quando me tornei rapaz.
Há 30 anos mora na minha cintura,
Escorando a lida dura
De tropero e capataz.

Com esse revórve nessas volta do destino
Já salvou muito teatino de apanhar sem merecer,
Botou respeito sem precisar falar grosso,
Com ele muito arvoroço Não deixei acontecer.

Mas deu no rádio
Que ninguém pode andar armado,
E no rumo do povoado
Eu vim tirando a conclusão,
Que eu fiquei louco ou
não entendi a notícia,
Pois pensei que a polícia
Desarmava era ladrão.

"Ô mundo véio, que tá virado,
Seu Delegado, preste atenção:
Vê se devorve o revórve do tropero,
Vai desarmar desordeiro
E deixe em paz o cidadão!"

Seu delegado, se um ladrão bater na porta
Devo fugir pela outra?
Me "arresponde", sim senhor!
E se um safado me desrespeitar uma filha,
Quem vai defender a família
Do homem trabalhador?

É muito fácil desarmar quem é direito,
Quem tem nome e tem respeito,
Documento e profissão,
Muito mais fácil que desarmar vagabundo,
Desses que anda pelo mundo
Fazendo mal-criação.

Pra bagunceiro
O País tá encomendado,
povo tá "desdomado"
E quem manda faz que não vê,
Nosso governo,
Quem tem que prender não prende,
Não vigia, não defende
Nem deixa se defender!

"Ô mundo véio, que tá virado,
Seu Delegado, preste atenção:
Vê se devorve o revorve do tropero,
Vai desarmar desordeiro
E deixe em paz o cidadão!"


Piriska Grecco
Letra enviada por Mad Max, via e-mail aos "Indeletáveis OC Team"

28.9.05

Aprenda a chamar a polícia...


Falando em desarmamento...

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa.

Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham la de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.

Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente.

Liguei baixinho para a polícia e informei a situação e o meu endereço.

Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.

Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma:
- Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12 que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate , uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.

Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.

No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
- Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:
- Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.

Luís Fernando Veríssimo

Enviada por Luciano D. Frugoni por e-mail

22.9.05

Empurrem sua vaquinha...



Um sábio passeava na floresta com seu discípulo. Avistou uma casinha pobre, aos pedaços. Nela moravam um casal e três filhos – todos mal vestidos, sujos, magros e aparentando subnutrição.
O sábio pergunta ao pai da família:
- Como vocês sobrevivem? Não vejo horta alguma. Não vejo plantação alguma. Não vejo animais.

O pai respondeu:
- Nós temos uma vaquinha que nos dá alguns litros de leite por dia. Uma parte nós tomamos e a outra nós trocamos na cidade vizinha por alimentos e roupas e assim vamos vivendo...

O sábio agradeceu e saiu novamente pelo caminho. Logo em seguida, o sábio avistou uma vaquinha e ordenou ao seu discípulo:
- Puxe aquela vaquinha até o precipício e a empurre abaixo!

Mesmo sem compreender a ordem o discípulo a cumpriu e empurrou a vaquinha no precipício e ficou pensando na maldade do sábio em mandar matar a única fonte de subsistência daquela família. Aquilo não saiu da cabeça do discípulo por muitos anos.

Alguns anos depois, passando pela mesma região, o lembrou-se daquela família e do episódio da vaquinha. Resolveu voltar àquela casinha e ... Surpresa!!! No lugar da pobre casinha havia uma bela casa. Um pomar ao redor. Várias cabeças de gado. Um trator novo. Na porta da casa avistou o mesmo pai – agora bem vestido, limpo e saudável. Logo apareceram a mulher e os três filhos – todos bonitos e aparentando saúde e felicidade.

Quando o discípulo perguntou a razão de tanta mudança nesses últimos anos, o pai da família respondeu:
- A gente tinha uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Sem a vaquinha a gente teve que se virar e fazer outras coisas que nunca tínhamos feito. Começamos a plantar, criar animais, usar a nossa cabeça para sobreviver e daí a gente viu que era capaz de fazer coisas que nunca tínhamos imaginado e de conseguir coisas que a gente achava impossível porque nunca tínhamos tentado fazer. Sem a vaquinha, fomos a luta e só tínhamos essa alternativa – lutar para vencer.

Em muitos casos, será que não estamos esperando empurrarem a nossa vaquinha para prosperarmos em nossa vida?

Autor Desconhecido

17.9.05

Eu tive um sonho...


Por: Luciano Carvalho

Estamos no ano de 2015. Eliana, uma jovem engenheira, mantém uma entrevista com Jonas, engenheiro-sênior, uma lenda viva em sua especialidade. Eliana apesar de jovem, foi graduada por uma das melhores escolas de engenharia do mundo - o ensino de sua época tornou-se globalizado - possui ainda, título de mestre em síntese de materiais e de doutorado na mesma área. Tudo que ela esperava era por uma oportunidade de trabalhar em seu campo de especialização, colocando em prática o embasamento teórico, conseguido através de investimentos pessoais bastantes relevantes.

Sabedora de suas qualificações, ela acreditava que conseguir este trabalho, era uma tarefa com grande probabilidade de êxito. Sentia-se particularmente satisfeita em poder trabalhar com Jonas, seu ex-professor e mentor. Esta convivência anterior permitiu fluir de ambos uma sinergia imediata.

O olhar de Jonas, como para uma filha, era de admiração por sua ex-aluna, ainda porque, Eliana era filha de Marcos, um colega de trabalho e amigo, que resolvera dar volta ao mundo a bordo de um veleiro e viver por tempo indeterminado deste modo.

Ao ver aquela menina dissertar sobre teorias, sobre seus descobrimentos, sobre o seu encantamento geral, o fez relembrar do seu próprio deslumbramento, de quando ainda era jovem e havia ingressado aqui na organização. Mas algo que ela disse, particularmente prendeu a atenção de Jonas, quebrou-se de momento a barreira do tempo, fazendo-o voltar ao passado e reviver os momentos iniciais de sua vida profissional.

Eliana havia comentado que seu pai, mesmo sendo um grande entusiasta do próprio trabalho, não teria passado para ela a exata sensação do que isto representava, mais, o que era a instituição. Ela dissertava sobre a empresa e suas instalações impecáveis, sobre a divisão organizacional inovadora, sobre a tecnologia de ponta utilizada, sobre a produtividade e motivação de todos.

Enfatizou a atenção que a organização dedicava as pessoas, estando isto impresso física e culturalmente em tudo. Também sobre o modo de como foi recepcionada pelos profissionais, alguns velhos conhecidos de seu pai e outros não. Parecia haver uma cumplicidade de todos para que ela se sentisse parte deste todo.

Jonas ouvia muito atentamente o que lhe era narrado, e, num universo paralelo reviu todo o processo que levou a organização à este estado sinérgico atual. Lembrou que tudo nem sempre foi assim. No início a empresa muito jovem ainda, como a maioria das pessoas que nela trabalhavam, carecia de experiência e transbordava energia. Ela nascera e existia em função de um grande desafio tecnológico atrelado a um contrato vital.

O entusiasmo e o ego das pessoas, por sentirem-se competentes e capazes de sobreviver àquele desafio, às vezes, afastavam-nas de outras coisas tão quanto importantes dentro de uma organização social. Não que aquela visão imediatista estivesse certa ou errada, pode ser até que para o momento, fosse a única escolha, considerando o caráter de urgência e a incerteza intrínseca dos projetos.

Por que as pessoas conviviam de forma latente com pressões de variadas origens, o clima organizacional foi se tornando tenso, carregado de pequenos descontentamentos e decepções, fazendo com que elas se sentissem sozinhas e tivessem a percepção de que em última estância só poderiam contar consigo mesmas.
O que pode parecer ser inicialmente um contra-senso, graças a algumas perdas importantes, esta situação foi aos poucos sendo percebida pelas pessoas, que ao olharem para trás, perguntaram-se:

- O que estamos fazendo com as nossas vidas?
Por que este modo de vida, não fazia parte da expectativa inicial de ninguém.

Então porque não mudar? Então porque não empregar energia para reverter esta situação? Algumas respostas para estas perguntas foram: Por que não tenho tempo; por que não sou especialistas nisto; por que o problema não é meu, além do mais este estado faz parte deste tipo de negócio; por que pretendo mudar de emprego... Uma coleção de motivos rapidamente apareceu.

E até o despertar de todos, uma outra coleção se formou, a de perdas acumuladas. A situação ficou de certa forma insustentável. Por isso, reuniram-se pessoas em torno da busca por soluções para o problema. E ele foi sendo delineado e resolvido, ponto-a-ponto, fato-a-fato, dia-a-dia, como parte de um grande plano para o encontro com uma realização maior.

E o tempo passou, assim como desafios, contratempos e vitórias, mas pessoas e bons momentos ficaram na lembrança e na vida de todos. Estas pessoas pouco se aperceberam das mudanças, por que foi um processo evolutivo, por que foi pelo amadurecimento.

Graças a elas hoje existe esta realidade. Por que ousaram questionar, distinguir o que era verdadeiramente importante em suas vidas e partir em busca da realização de seus sonhos.

*Eu tive um sonho... Martin Luther King foi autor da frase, que deu o título a esta ficção

Realize sua própria experiência passo a passo:

1º Passo: Sozinho exercite sua opção sobre a visão do seu futuro.
Descreva sua visão ou faça uma simples lista daquilo que você gostaria de experimentar no futuro;
Descreva sua realidade atual ou faça uma simples lista daquilo que você não gosta ou não faz parte de sua visão de futuro;
Descreva um plano simples para atingir sua visão e eliminar aquilo que você prefere que não permaneça em sua realidade.
2º Passo: Repita o passo anterior, junto com os seus parceiros.
3º Passo: Compartilhe sua visão primeiro com as pessoas chaves, depois com as demais pessoas envolvidas.
4º Passo: Comprometa-se com sua visão e inicie sua jornada.
Lembrete: Aquilo que você percebe hoje, advêm de escolhas que você fez ontem, assim como amanhã você experimentará os frutos de suas escolhas atuais.

Eventuais obstáculos, como dádivas, existem somente para valorizar suas conquistas.
Luciano Carvalho
Consultor de Empresas
lucianofc@uol.com.br

16.9.05

O Falcão

O Falcão que caiu do Céu

Como um pássaro que cai ao chão
Jogo em teus braços minha vida
Que pra sempre me protegerão
Guiando-me à luz da saída

Queremos sempre amigos por perto
Que querem sempre o melhor para nós
Nos guiarão por esse caminho incerto
Mesmo que tenham que falar sem voz

Essa sincera verdade que pode machucar
Atormenta-me todo dia ao acordar
Sem esperança de um dia voltar
Vou te seguir sem nunca hesitar

Não tem mais suas asas para voar
Mas nessas estradas ainda pode caminhar
Não precisa ter medo de continuar
Parado, imóvel, ao seu lado sempre irei estar.

Altieres Rohr

7.9.05

Equipes Virtuais

O que é uma equipe virtual? O que a diferencia das outras equipes? Que competências são essenciais para atuarmos numa equipe virtual? Que conceitos e hábitos foram radicalmente transformados? O que permanece como nas outras equipes?

Virtual, etimologicamente, é " o que existe como faculdade porém sem exercício ou efeito atual". Virtual é quase real.

Entendemos como Empresa Virtual aquela que não precisa estar em lugar nenhum mas está em todos os lugares. As equipes virtuais transmitem e recebem informações entre locais distantes através do uso intensivo da Tecnologia da Informação.

O trabalho virtual muda profundamente hábitos arraigados de trabalho em equipe.

Uma equipe é definida como um grupo de pessoas que tem um objetivo comum. Para ter sucesso a equipe precisa ter coesão, dinamismo, comunicar-se bem e boa liderança.

O que trazem de novo as equipes virtuais?
A grande novidade das equipes virtuais é a mudança radical nos conceitos de espaço e tempo. Onde é minha mesa? Qual é minha sala? Onde estão meus colegas? Sento perto de quem? Qual é a cadeira do chefe? Quando vamos nos reunir? Quando precisamos dar a resposta? Quanto tempo temos para decidir? Quem fala primeiro? Todas essas inquietações vão por água abaixo nas equipes virtuais.

As equipes virtuais vivenciam a experiência de não estar fisicamente juntos no local de trabalho enquanto as tarefas são realizadas. Pode ser que as pessoas nunca cheguem a se conhecer pessoalmente.

Seja um trabalho rotineiro ou que exija criatividade, os esforços individuais aparecem espalhados geograficamente e nem sempre trazendo clareza do tamanho da equipe.

A velocidade de respostas surge como exigência de competências essenciais para o trabalho virtual. O gerundio. Tempo verbal muito usado para desculpas ("Estamos providenciando") agora precisa ser usado em tempo real.

Quando falamos em equipes virtuais podemos estar nos referindo ao relacionamento empresa-cliente, empresa-regionais, empresa-fornecedores/prestadores de serviço ou empresa-funcionários.

O trabalho virtual muitas vezes resgata um sonho antigo de trabalhar em casa, perseguido por alguns e rejeitado por outros.

No meu entender as equipes virtuais resgatam um hábito antigo das conversas, do diálogo fluido nem sempre eficaz nas famosas reuniões de trabalho e no cotidiano das paredes das organizações.

Compartilhar idéias ganha força real no mundo virtual.

No trabalho virtual a hierarquia perde força aparecendo em seu lugar a organização informal e seu impacto no cotidiano. O poder informal sempre teve influencia forte no desempenho das organizações e era mal utilizada. Nas equipes virtuais esse poder emerge das mais diferentes formas seja pelo senso de humor, pela espontaneidade, pela resposta imediata ou pela empatia na solução conjunta dos problemas.

A comunicação informal não escoa para as fofocas e nem se perde nos tijolos da empresa mas torna-se canalizada para o foco nos resultados.

Não há tempo para simpatias ou antipatias!

Parece que o mito dos Três Mosqueteiros :Um por todos ,todos por um, torna-se uma realidade, no mundo virtual , sem fronteiras e sem capa e espada...

Lúcia Guimarães Monteiro
Consultora em RH, Diretora da Visão Consultoria, MBA em Gestão Estratégica e
Especialista em Psicologia do Trabalho pela FGV-RJ.
luciagmonteiro@oi.com.br

12.8.05

Cortar o Tempo


Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.

Ai entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para adiante vai ser diferente.



Carlos Drummond de Andrade

29.7.05

Prece

Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade.

Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda.

Dá o sopro, a aragem - ou desgraça ou ânsia –
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistaremos a Distância
— Do mar ou outra, mas que seja nossa!
Fernando Pessoa

Até um dia "Donana"...
Bjs

20.7.05

Dia do Amigo

Hoje eu tinha tudo pra querer que a Net não existisse e que o dia do amigo fosse apagado do calendário. Mas "poucas palavras", meio à um e-mail com escassez de tempo, foi como me dissesse: Deixe de ser tola, eu estou aqui.

E as "poucas palavras" me fizeram "reacender" e dizer: como é bom ter você por perto...

À todos vocês um Graaaande Beijo.

TUDO QUE SE QUER


Olha nos meus olhos
Esquece o que passou
Aqui neste momento
Silêncio e sentimento

Sou o teu poeta
Eu sou o teu cantor
Teu rei e teu escravo
Teu rio e tua estrada


Vem comigo meu amado amigo
Nessa noite clara de verão
Seja sempre o meu melhor presente
Seja tudo sempre como é
É tudo que se quer

Leve como o vento
Quente como o sol
Em paz na claridade
Sem medo e sem saudade


Livre como o sonho
Alegre como a luz
Desejo e fantasia
Em plena harmônia

Eu sou teu homem, sou teu pai, teu filho
Sou aquele que te tem amor
Sou teu par e teu melhor amigo
Vou contigo seja aonde for
E onde estiver estou


Vem comigo meu amado amigo
Sou teu barco neste mar de amor
Sou a vela que te leva longe
Da tristeza que eu sei eu vou
Onde estiver estou
Eu sei, eu vou.

Emílio Santiago & Jane Duboc

17.7.05

Atendimento Eletrônico


Nooossa! Eu bem que poderia ter escrito esse texto... ele é a “minha cara”... Porém já é um velho conhecido dos usuários da net, mas claro que eu não poderia deixar essa passar em branco...

Bjs e divirtam-se!
=cP


ATENDIMENTO ELETRÔNICO NO CÉU


Como seria se Deus tivesse um serviço de atendimento eletrônico? Temos sido obrigados a aprender a conviver com atendimentos eletrônicos em quase todos os seguimentos atuais como uma parte vital da vida moderna. Daí você imagina: Como seria se Deus decidisse usar tal procedimento facilitador do mundo moderno para o atendimento de nossas orações?

(...) Obrigado por ligar para Casa de Meu pai. Por favor, selecione uma das seguintes opções:
- Disque 1 para pedidos;
- Disque 2 para ações de graças;
- Disque 3 para confissão de pecados ou
- 4 para qualquer outra necessidade.(...)

Como seria se Deus usasse a célebre desculpa... ?
(...) Todos os anjos estão ocupados atendendo outros fieis neste momento. Por favor aguarde! Sua ligação será atendida em poucos minutos (...)

Você pode imaginar como seriam as maneiras de ter suas orações atendidas?
- Se você deseja falar com Gabriel, disque 1;
- Se você deseja falar com Miguel, disque 2;
- Para outras opções de anjos, disque 3;
- Se você deseja ouvir o Rei Davi cantando um de seu Salmos, enquanto espera ser atendido, disque 4;
- Para descobrir se uma pessoa amada foi aceita no céu após a morte, por favor, digite o número do seguro social dela aí na Terra;
- Para efetuar reserva na casa de Meu Pai, digite J-O-A-O e em seguida, 3-1-6;
- Para obter resposta às perguntas do tipo idade da Terra e onde a arca de Noé está, por favor espere até você chegar aqui;
- Nossos computadores estão informando que você já extrapolou a sua cota de ligações para hoje. Por favor tente amanhã novamente;
- Nosso horário de funcionamento é de domingo à sexta (sábado é dia de descanso!) das 09:00 às 20:00 hs (porque ninguém é de ferro!!!).


Autor desconhecido

12.6.05

A Lenda do Sol e da Lua



Eitcha... Dia dos namorados..., mais uma data em que os comerciantes lucram com o sentimento alheio, mas em fim...apesar de desejar muito, mas não posso mudar o mundo da noite para o dia...

Para mim este deveria ser um dia dos mais sagrados, pois ao meu ver, o “namoro” representa a busca do ser completo.

A baixo segue uma lenda que conta a história de um amor impossível. Onde todas as barreiras e dificuldades existiam, mas mesmo assim este amor não morreu, não deixou de ser belo e pelo contrário, as barreiras só os fizeram mais fortes, mais unidos e aproveitarem cada momento e cada instante que lhes era permitido ficar juntos, como se fosse único.

A LENDA DO SOL E DA LUA (Eclipse)

Quando o SOL e a LUA se encontraram pela primeira vez, se apaixonaram perdidamente e a partir daí começaram a viver um grande amor.
Acontece que o mundo ainda não existia e no dia que Deus resolveu criá-lo, deu-lhes então o toque final ...o brilho ! Ficou decidido também que o SOL iluminaria o dia e que a LUA iluminaria a noite, sendo assim, seriam obrigados a viverem separados. Abateu-se sobre eles uma grande tristeza quando tomaram conhecimento de que nunca mais se encontrariam.
A LUA foi ficando cada vez mais amargurada, mesmo com o brilho que Deus havia lhe dado, ela foi se tornando solitária. O SOL por sua vez havia ganhado um título de nobreza "ASTRO REI", mas isso também não o fez feliz.
Deus então chamou-os e explicou-lhes: Vocês não devem ficar tristes, ambos agora já possuem um brilho próprio.Você LUA, iluminará as noites frias e quentes, encantará os enamorados e será diversas vezes motivo de poesias. Quanto a você SOL , sustentará esse título porque será o mais importante dos astros, iluminará a terra durante o dia, fornecerá calor para o ser humano e a sua simples presença fará as pessoas mais felizes.
A LUA entristeceu-se muito com seu terrível destino e chorou dias a fio... Já o SOL ao vê-la sofrer tanto, decidiu que não poderia deixar-se abater pois teria que dar-lhe forças e ajudá-la a aceitar o que havia sido decidido por Deus. No entanto sua preocupação era tão grande que resolveu fazer um pedido a ELE:Senhor, ajude a LUA por favor, ela é mais frágil do que eu, não suportará a solidão...
E Deus em sua imensa bondade criou então as estrelas para fazerem companhia a ela.
A LUA sempre que está muito triste recorre as estrelas que fazem de tudo para consolá-la, mas quase sempre não conseguem.
Hoje eles vivem assim separados, o SOL finge que é feliz, a LUA não consegue esconder que é triste. O SOL ainda esquenta de paixão pela LUA e ela ainda vive na escuridão da saudade. Dizem que a ordem de Deus era que a LUA deveria ser sempre cheia e luminosa, mas ela não consegue isso... porque ela é mulher, e uma mulher tem fases. Quando feliz consegue ser cheia, mas quando infeliz é minguante e quando minguante nem sequer é possível ver o seu brilho.
A LUA e SOL seguem seu destino, ele solitário mas forte, ela acompanhada das estrelas, mas fraca. Humanos tentam a todo instante conquistá-la, como se isso fosse possível. Vez por outra alguns deles vão até ela e voltam sempre sozinhos, nenhum deles jamais conseguiu trazê-la até a terra, nenhum deles realmente conseguiu conquistá-la, por mais que achem que sim.
Acontece que Deus decidiu que nenhum amor nesse mundo seria de todo impossível, nem mesmo o da LUA e o do SOL... e foi aí então que ele criou o eclipse. Hoje SOL e LUA vivem à espera desse instante, desses raros momentos que lhes foram concedidos e que custam tanto a acontecer.
Quando você olhar para o céu a partir de agora e ver que o SOL encobriu a LUA é porque ele deitou-se sobre ela e começaram a se amar e é ao ato desse amor que se deu o nome de eclipse.
Importante lembrar que o brilho do êxtase deles é tão grande que aconselha-se não olhar para o céu nesse momento, seus olhos podem cegar de ver tanto amor.
Bem, mas na terra também existe sol e lua... e portanto existe eclipse.... mas essa era a única parte da história que você já sabia, não era?

Autor Desconhecido

5.6.05

Carta Escrita no Ano 2070...




Hoje Dia Internacional do Meio Ambiente, nada mais conveniente do que o texto que circula em toda internet conhecido como Carta Escrita no Ano 2070.

Vamos lá...

Carta Escrita no Ano 2070...
15/4/2005 08:30:54

Ano 2070. Acabo de completar 50 anos, mas a minha aparência é de alguém de 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade. Recordo quando tinha 5 anos...

Tudo era muito diferente. Havia muitas árvores nos parques; as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro aproximadamente uma hora. Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele.

Antes, todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras. Agora, raspamos a cabeça para mantê-la limpa sem água. Antes, meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje os meninos não acreditam que utilizávamos à água dessa forma.

Recordo que havia muitos anúncios que diziam para CUIDAR DA ÁGUA, só que ninguém lhes dava atenção; pensávamos que a água jamais poderia terminar. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aqüíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados. Antes, a quantidade de água indicada como ideal para se beber era oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo; tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado porque as redes de esgotos não se usam mais por falta de água.

A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas que já não têm a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera. Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados. As infecções gastrintestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte. A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são as principais fontes de emprego e pagam os empregados com água potável em vez de salário.

Os assaltos por um balde de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressequidade da pele, uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40. Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores, o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações.

Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos Indivíduos. Como conseqüência, há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações. O governo até nos cobra pelo ar que respiramos: 137 m3 por dia por habitante adulto. Quem não pode pagar é retirado das "zonas ventiladas", que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar. Não são de boa qualidade, mas se pode respirar. A idade média é de 35 anos.

Em alguns países ficam manchas de vegetação com o seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exército. A água tornou-se um tesouro muito cobiçado, mais do que o ouro ou os diamantes. Aqui não há árvores porque quase nunca chove; e quando chega a se registrar uma precipitação, é de chuva ácida; as estações do ano têm sido severamente transformadas pelas provas atômicas e da indústria contaminante do século XX.

Advertia-se que havia de cuidar do meio ambiente, mas ninguém fez caso. Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem, descrevo o quão bonito eram os bosques; falo-lhe da chuva e das flores; do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens; beber toda a água que quisesse; o quanto nós éramos saudáveis!

Ela pergunta-me:

- Papai! Por que a água acabou?

Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de me sentir culpado porque pertenço à geração que terminou destruindo o meio ambiente ou simplesmente não prestou atenção a tantos avisos.

Agora, nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente, creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.

Como gostaria voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto quando ainda podíamos fazer algo para salvar ao nosso planeta Terra!

Fonte: Revista Biográfica "Crônicas de Los Tiempos"
Abril 2002

23.5.05

Loucos e Santos

Aos loucos, santos, bobos, sérios, crianças, velhos e muito tolinhos, meus adoráveis amigos e companheiros do Indeletáveis OC Team (desde agosto de 2003).
E ao Amigo dos olhos e das canções, aquele que um dia intitulei como "o filho vento e filho do tempo. O dono da magia que me ensinou usar a minha magia.

Bjs procês todos


LOUCOS E SANTOS

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.

Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.


Oscar Wilde


Desejo menos "normalidade" e mais felicidade à todos...
Menos padrão e mais emoção...
Menos hipocrisia e mais honestidade.
Menos exclusão e mais justiça.
Menos preconceito e mais aceitação.
Menos egoísmo e mais solidariedade.
Sintam-se mais,
Vivam-se muito,
Aceitem-se todo,
Conheçam-se em tudo...
Experimentem-se...
E complementem-se amando do seu coração.
Amem!
Amém.



Maria Janice Vianna
A verdade é essa ai!
Tô mandando pra aqueles que eu acho que são meus amigos.....porque amigo não é aquele que quer ficar ao seu lado e sim aquele que COMPARTILHA.

Em especial pra Silvana.....deve ter um espaço no seu blog.

Dragao
Textos enviados por dragão.
O mais louco, sensato e adorável Indeletável.

15.5.05

Criança


Criança, palavra impar que exprime vida
Criança, sinônimo de valentia e aventura
Criança do prazer da descoberta sem fronteiras
Sem medo, sem credo e sem cor
Criança de casa, criança da rua
Ou apenas criança da sinceridade crua e nua.

Criança do sorriso branco ou desdentado
Criança do sorriso aberto
Criança do coração que bate forte ao ver o artista do circo
Criança que transforma folha em flor
Criança artista que colore o mundo na folha de papel
e que ama sem cor.

Criança que cresce e alegria que fica
Sinal de bom futuro para o mundo adulto
Que segue sem rumo
Criança...

Silvana G Melo
Em 16 de junho de 2004

6.4.05

Coragem, diplomacia e paz

(...) O homem, segundo o grande filósofo grego Aristóteles, cuja obras eu traduzi para a nossa língua, é um animal político. Permiti-me só mais uma digressão: como será maravilhoso o dia em que a mente estreita dos beatos da cúria papal chegar a compreender esta verdade simples e que, de fato, dispensa explicações!
Enquanto o animal político, o homem civilizado procura evitar a guerra. Chamamos esse processo de diplomacia. A propósito, é um erro comum supor que a diplomacia só pode ser praticada entre dois Estados ou reinos civilizados. O que vos contarei sobre Artur demonstrará que esta convicção é uma falácia.
No entanto, a diplomacia falha com freqüência. Primeiro porque muitos homens são estúpidos e incapazes de reconhecer onde estão os seus melhores interesses.
Em quase todos os casos a guerra é evitável, se ambas as partes forem inteligentes e capazes de pensar racionalmente. Mas, é claro, esta conjunção é rara.
Além disso, há outras ocasiões em que à diplomacia falha porque as duas partes em disputa têm opiniões ou interesses inconciliáveis. Para tais casos não há remédio a não ser a força. E por isso pode-se afirmar que toda sociedade tem como alicerce a morte dos homens. (...)
Pág. 154-155

(...) existem dois tipos de coragem, meu príncipe. Existe a coragem que brilha nos momentos de perigo, a coragem que aparece sem refletir, como simples resposta natural à urgência do momento. E embora eu diga “simples resposta natural”, não devereis pensar que eu queira diminuir esse tipo de coragem, pois falta a muitos homens, e o homem que é bravo na hora do perigo deve ser merecidamente admirado.
Mas o outro tipo de coragem é ainda mais raro. É a coragem fria, que permite ao homem encarar a realidade, contemplar a adversidade e não se intimidar. É uma coragem obstinada, criteriosa, que permite ao homem persistir quando tudo à volta desmorona. E essa coragem Artur também possuía. (...)
Pág. 215

(...) Artur aproximou-se do exército saxão que observava, espantado.

Ao ver o Rei, e sabendo que era ele, Artur desmontou, entregou as rédeas do cavalo a Garaint e aproximou-se do rei saxão, uma cabeça mais alto do que ele.
Mas Artur viu que o Rei se mantinha com dificuldades e presumiu que estivesse fraco de fome.

- Eu sou o Rei Artur – disse – Saudações.
Ethelbert olhou-o de cima para abaixo e viu aquele rapaz esguio que lhe sorria como se fosse um amigo ou camarada.
- No momento somos iguais – disse Artur – Eu me coloquei sob vosso poder. Mas o vosso exército está condenado. Sei que ele está fraco devido à fome e a febre, e que não podeis avançar nem bater em retirada.
Fez uma pausa e olhou para o velho legionário, para que este pudesse traduzir o que dissera. Mas para sua surpresa, o próprio Ethelbert respondeu prontamente, falando um latim que, embora gramaticalmente imperfeito, pois amputava as terminações dos casos, era facilmente compreensível.
- O que dizes é verdade, Artur. Estais em meu poder. Eu poderia vos matar com um golpe de minha espada.
- Sim, é verdade – disse Artur, ainda sorrindo.
- E, de fato, meu exército está enfraquecido. Porém quanto mais distante a probabilidade da vitória, maior a bravura com que o meu povo costuma lutar. É bom morrer como guerreiro.
- Mas é melhor viver na amizade. - disse Artur.
- Ethelbert ficou em silêncio. Olhou para trás, para o seu exército. Olhou para as colinas, onde o exército dos romanos permanecia em posição de combate.
- É possível haver amizade entre saxões e romanos? – indagou.
- É sempre possível haver amizade entre homens de coragem – respondeu Artur
.
Deu um passo adiante, colocou as mãos nos ombros de Ethelbert, aproximou-se, e os dois Reis se abraçaram. Por um momento Artur achou que Ethelbert resistia, mas depois relaxou, como alguém que se entrega ao destino. E um grito de júbilo ergue-se de ambos exércitos, ecoando pelas colinas circundantes.
Artur ouviu aquele grito de júbilo e afastou-se de Ethelbert, dizendo:
- Parece que os homens de coragem de ambos os exércitos deram a resposta à vossa pergunta.
Págs. 225 – 226

Trechos extraídos do livro: Rei Artur
Massie, Allan, 1938-
Rei Artur / Allan Massie; tradução de Laura Alves e Aurélio B. Rebello. – Rio de janeiro: Ediouro, 2004.
Tradução de: Arthur, The King.

23.3.05

Saber que não sabe já é saber

Se você não sabe que sabe, você pensa que não sabe. Por outro lado, se você pensa que sabe e não sabe, você age como se não soubesse. Isso causa conseqüências drásticas.

Todos somos ignorantes. Só que em assuntos diferentes. É impossível ao ser humano saber tudo. Mas reconhecer-se ignorante em alguma coisa já é um conhecimento, pois é abrir a porta para o aprendizado.

Nossa maior ignorância é não saber que não sabemos. Arrogância é cegueira cognitiva. É nos tornarmos cegos ao conhecimento.

Tudo o que aprendemos na vida passa por quatro fases, e a ignorância é a primeira fase da aprendizagem. Na fase da ignorância, nós não sabemos o quanto sabemos. Quando passamos a saber que não sabemos, é porque já estamos aprendendo e entrando na segunda fase.

A segunda fase é estarmos a par de alguma coisa, ou seja, é quando sabemos o quanto não sabemos.

A terceira fase é a do conhecimento. É quando nós sabemos o quanto sabemos. De que modo começa o conhecimento? É com a confusão. Ao passarmos da segunda fase (estar a par) para a terceira (conhecimento), temos que atravessar o território da confusão. Muitos estudantes, quando chegam neste ponto, largam o livro e não aprendem porque não suportam atravessar a confusão que é parte do aprendizado. Se os professores nas escolas soubessem disso e entendessem a importância dessa etapa do conhecimento, o aprendizado dos alunos seria muito melhor. Mas não. As pessoas têm medo da confusão (“Meu Deus, não estou entendendo nada. Não consigo. Isso é difícil demais para minha cabeça!), porque não querem sair da zona de conforto.

Se você está um pouco confuso lendo este texto, é bom sinal. Significa que você está prestes a incorporar novos conhecimentos.

Se nossos olhos virem uma coisa inteiramente nova, que nunca viram antes, a primeira percepção perecerá confusa (“O Que é isso?”). Mas nosso celebro tem capacidade para processar aquelas informações, desde que estejamos abertos para isso, e logo o que era confuso torna-se familiar, o que era incompreensível torna-se óbvio. Como já vimos, a arrogância (orgulho, soberba,...) é cegueira cognitiva. Fazer pose “sabe-tudo” é fechar os canais ao conhecimento. Para chegar ao conhecimento é preciso estar aberto para o novo e ter vontade de aprender: Sem medo (pelo contrário!), penetrar no desconhecido. Somente assim é possível superar as dificuldades e atravessar a confusão.

Na plenitude do conhecimento (que não significa saber tudo, e sim saber bem), chega-se à quarta fase da aprendizagem: a sabedoria. Nosso celebro já assimilou de tal forma aquele conhecimento, que nem precisamos mais ficar prestando atenção. Aquilo já está em nós, já faz parte da nossa estrutura mental. Nessa fase, a pessoa já nem sabe mais o quanto (ou como) sabe.

Lair Ribeiro
Trecho do Livro Comunicação Global, a Mágica da Influência

18.3.05

De tudo, um pouco...


Que você tenha... de tudo... um pouco.

Sensibilidade
Para não ficar indiferente diante das belezas da vida.

Coragem
Para colocar a timidez de lado e poder realizar o que tem vontade.

Solidariedade
Para não ficar neutro diante do sofrimento da humanidade.

Bondade
Para não desviar os olhos de quem te pede uma ajuda.

Tranqüilidade
Para quando chegar ao fim do dia, poder deitar e dormir o sono dos anjos.

Alegria
Para você distribuí-la, colocando um sorriso no rosto de alguém.

Humildade
Para você reconhecer aquilo que você não é.

Amor próprio
Para você perceber suas qualidades e gostar do que vê por dentro.


Para te guiar, te sustentar e te manter de pé.

Sinceridade
Para você ser verdadeiro, gostar de você mesmo e viver melhor.

Felicidade
Para você descobri-la dentro de você e doá-la a quem precisar.

Amizade
Para você descobrir que, quem tem um amigo, tem um tesouro.

Esperança
Para fazer você acreditar na vida e se sentir uma eterna criança.

Sabedoria
Para entender que só o Bem existe, o resto é ilusão.

Desejos
Para alimentar o seu corpo, dando prazer ao seu espírito.

Sonhos
Para poder, todos os dias, alimentar a sua alma.

Amor
Para você ter alguém para amar e sentir-se amado.
Para você desejar tocar uma estrela, sorrir pra lua.
Sentir que a vida é bela, andando pela rua.
Para você descobrir que existe um sol dentro de você.
Para você se sentir feliz a cada amanhecer
e saber que o Amor é a razão maior... para viver.
Mas se você não tiver um amor,
que nunca deixe morrer em você,
a procura... o desejo de o encontrar.
Tenha de tudo, um pouco... e Seja feliz!

Lisiê Silva

8.3.05

Mulher


Mulheres

Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.

Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.

Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.

Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.

Pablo Neruda
DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES

"Superando as desigualdades, lutando por um Brasil Cidadão!
Nós mulheres brasileiras, guerreiras da luta cotidiana, construtoras de nossa história, rompendo as cadeias da dominação e o peso secular da opressão social, política, econômica, cultural e familiar conquistamos novos espaços. Ampliamos nossa participação no mercado de trabalho, nos espaços de poder e nos movimentos sociais, sindicais e populares e mudamos nosso papel na família.

Neste momento de globalização, neoliberalismo e precarização do trabalho, somos protagonistas de mudanças, de um novo ciclo histórico — apostamos na esperança e no compromisso social para a construção de um Brasil mais justo e igualitário. Já somos 43,9% no mercado de trabalho. É o resultado da queda da fecundidade, da expansão da escolaridade, do aumento do número de famílias chefiadas por nós, da mudança em nosso papel social, cada vez mais voltado para o trabalho fora de casa. No entanto, ainda trabalhamos entre 22 a 90 horas semanais considerando a dupla jornada de trabalho!

Persistem as discriminações no campo do trabalho, as desigualdades salariais e a dupla jornada, somos discriminadas na vida social, nas relações de gênero e nas relações étnico-raciais. Ainda exercemos predominantemente as atividades do setor serviço; representamos 80% entre professores, nos serviços de saúde, entre as comerciarias, cabeleireiras, manicuras, funcionárias públicas, e predominamos no serviço doméstico remunerado, primeira ocupação das mulheres brasileiras. São negras cerca de 56% das domésticas e recebem rendimentos mais baixos. Em geral nós mulheres trabalhadoras temos remuneração mais baixa, 40% menos que os homens, elevada jornada de trabalho, pouca qualificação e baixa proteção social.

Continuamos sendo vítimas da violência de gênero e racial que se expressam de várias formas, constituindo um problema social e de saúde pública. A cada 4 minutos ocorre no Brasil um caso de agressão física contra a mulher e, no mundo, de 15 a 30% das mulheres, pesquisadas pela OIT, foram assediadas sexualmente e, uma a cada doze delas, teve que abandonar o trabalho!

Ainda é difícil o acesso aos serviços de saúde e não alcançamos o atendimento adequado e integral, em especial em relação às doenças preveníveis como o câncer de colo e de mama, o HIV, a maternidade, em particular a não planejada, e ao aborto que leva à morte milhares de mulheres a cada ano. Somos 62% das internações hospitalares e 2/3 dos usuários de medicamentos controlados!

Nossa imagem social que é representada e divulgada nos meios de comunicação, nos livros didáticos e nas relações sociais cotidianas, desvaloriza e dificulta a construção de nossa identidade como ser humano sujeito de nossa cidadania e de nossa história.

Em especial, neste 8 de março, nós mulheres,

Reafirmamos o nosso apoio político a um Projeto Nacional comprometido com a emancipação da mulher, neste novo momento da história brasileira.

Reafirmamos nossa luta pela igualdade de oportunidades e por condições de trabalho; pelo fim da violência de gênero e racial e todas as suas expressões em nossa sociedade, como o assédio moral e sexual; por uma saúde integral e qualificada que considere as singularidades de gênero, de raça, de geração e de classe; por uma imagem social no campo da educação e nos meios de comunicação que reflita a mulher cidadã e trabalhadora.

Defendemos a melhoria e ampliação de Políticas Públicas de Gênero:

- que garantam maior qualidade de vida para nós mulheres, principalmente as trabalhadoras e de setores populares, respeitando as especificidades e, contribuindo assim, para reduzir as desigualdades que enfrentamos em nosso viver cotidiano;
- que combatam a dupla jornada de trabalho e favoreçam o pleno emprego da mulher e melhore as condições de trabalho e salário;
- que garantam mecanismos para uma maior participação da mulher no âmbito do poder político;
- que combatam todas as formas de violência contra a mulher e amplie as Delegacias de Atendimento Especializado e os Centros de Referência para atendimento às mulheres vítimas de violência;
- que garantam às parturientes, acompanhante nas maternidades e que as mesmas sejam estruturadas para tal, tanto em espaço físico como na formação dos profissionais de saúde;
- que ampliem os preceitos legais para a realização do aborto, respeitando o direito de decidir das mulheres.

Enfim, Políticas Publicas de Gênero como "direito de todas e dever do Estado" para garantir a qualidade de vida, os direitos e liberdades para cumprirmos o nosso histórico papel na busca da verdadeira emancipação.
Viver nossas diferenças com direitos iguais!!
Viva o Dia Internacional da Mulher!!
União Brasileira de Mulheres - UBM

2.3.05

Pra rir ou pra pensar...?


Meses atrás, navegando pelo site do Mário Prata, deparei-me com este sério e “hilário” texto, da Arquiteta Lúcia Carvalho, na época achei engraçada a forma que ela se refere ao tema – Banheiros.

Porém hoje, relendo o texto, cheguei a conclusão que o mesmo pode ser usado como mais um exemplo da troca de valores do mundo moderno e capitalista em que estamos “sobrevivendo”. Onde o real e necessário conforto é trocado pelo glamour exemplificado nas revistas, tele-novelas e até mesmo na net.

Aff! Qualquer dia destes serei taxada de Socialista, Comunista, Anarquista ou algo do tipo...
O Sr. Wilson Moreira, meu visinho, diria assim:
- Ahhh! Minha filha..., de que planeta você veio heim!? Será que não entra na sua cabecinha, que são o dinheiro e a luxúria é que movem o mundo?

Pergunto-me: Estas pessoas são felizes ou esta busca do glamour é só uma máscara para a realidade que elas não conseguem viver e encarar?

Mas vamos ao texto de Mário e Lúcia...

O Banheiro da Arquiteta Lúcia

Há duas semanas, escrevi aqui sobre banheiros e arquitetas. Pois uma arquiteta, chamada Lúcia Carvalho, me mandou o texto abaixo. Na minha crônica eu dizia que gostaria de ser arquiteto, se não fosse escritor. Pois a Lúcia só não será escritora se não quiser. (Mario Prata)

(...)Eu li tua matéria sobre banheiros. Este assunto me intriga, também sou arquiteta e fiquei pensando um pouco mais sobre isso e resolvi te contar mais umas coisas sobre este lugar completamente clandestino e indiscutível.

Pensa bem. Existe um grande respeito das pessoas por duas situações. Uma delas é o banheiro. É assim. Cadê o fulano? Tá no banheiro. Pronto. Ninguém fala mais nada, ninguém bate na porta, ninguém atrapalha. Claro que, se o tal fulano demora, as pessoas riem um pouco, mas um homem no banheiro é digno de respeito total. É a mesma coisa quando alguém vai para a Europa.

Ninguém discute, sempre te cobram, te acham em qualquer canto aqui neste país, te solicitam o dia inteirinho com trabalhos para ontem, sempre, mas quando você fala que não pode porque vai para fora do país, todo mundo aceita, resignado, sensato, e você fica importante. Estar na Europa e estar no banheiro, quase a mesma coisa.

Mas o assunto, o assunto são os banheiros que hoje em dia na nossa profissão são talvez a parte mais importante. Horas e horas de reunião com o cliente discutindo cada detalhezinho deste lugar. Posso estar exagerando, mas cada vez mais tem acontecido assim. Não sei o que houve com as pessoas, sinceramente. Quando eu era menina, a gente tinha só um banheiro em casa, fora o da empregada. Quase todas as casas eram assim, o banheiro da família, o banheiro da empregada. A gente, às vezes, até usava o banheiro da empregada quando precisava. Depois inventaram que cada casa, apartamento, por mais "ovo" que fosse, tinha que ter um lavabo. Como se as pessoas que vão te visitar não pudessem ver o teu banheiro, como se fosse proibido, tivesse segredos por lá.

Hoje em dia, quando uma casa não tem lavabo, eu fico até envergonhada. É tão raro entrar no banheiro dos outros que inconscientemente eu acho aquilo meio enigmático, misterioso, fico verificando os produtos de beleza, os shampoos, os armários, a marca da toalha. Acho que para ver se é igual, pior ou melhor que as nossas, que também ninguém deve ver. Não tem por quê, mas a gente acaba olhando mesmo. Quando eu me formei, é, foi mais ou menos nesta época, que começou a aumentar. O negócio de "quarto suíte". Quarto com banheiro, individual, cada um tem de ter o seu, nem que seja um bebezinho. Todo mundo queria o seu banheiro próprio, ninguém ia saber do seu cheiro, da sua bagunça, ninguém vai usar sua pasta, nada. Era só seu e inventaram que aquilo era o máximo. A maioria das casas de hoje em dia tem mais privada do que gente morando, pode reparar.

Mas tinha um problema ainda naquela época. O casal. O casal tinha de dividir o banheiro, e geralmente "o casal" significa os "donos da casa", e os donos da casa, bem eles, os mais importantes, eles tinham de dividir o banheiro.

Pimba! Tiveram uma idéia. O banheiro do casal ia ser maiorzão, bem grande mesmo, com duas pias, uma para cada um. Foi assim por muito tempo, era um grande luxo ter duas pias, uma do ladinho da outra. Mas não estava bom, tem casal que não é tão desencanado que um escova o dente e o outro usa a privada, assim junto. Resolveram (acho que na verdade quem resolve e dá as idéias são mesmo os arquitetos, nós, infelizmente) que era melhor então separar as duas pias das privadas e bidês e chuveiros, começaram a parecer umas cabininhas com o vaso, bidê (esse então dá o maior assunto em reunião...) e chuveiro longe das pias. Mas um dia acharam que era melhor cada um ter o próprio banheiro, separado.

Olha os prédios de luxo de hoje como são. Tem o banheiro da mulher, esse geralmente tem banheira, tem cara de mulher, mármore rosa, muito espelho, essas coisas, e do marido, austero, clássico, menorzinho, mas separado. Na verdade, acho que a gente quando vai projetar para uma família a gente quase que só faz banheiro. É uma quantidade sem fim, imensa, estúpida. Se procriaram. Agora até deixam de ser banheiros, são "salas de banho". Pois é.

Nas reformas então, nem se fala, a maioria só quer mexer nos banheiros. Toda vez é assim: a gente vai na reunião com o casal, moderninho, filhos, o cara já vai falando: olha, nós queremos reformar o apartamento/casa, a reforma é a seguinte: queremos fazer um outro banheiro para nós (a mulher já vem nesta hora com um monte de revista recortada), queremos fazer outro banheiro para as meninas (mais revista), queremos um banheiro para a babá, mas precisamos muito mesmo de um para o motorista e um para o guarda na guarita nova, e, claro, queremos reformar o lavabo (mais revista e o cara já fica bravo com a mulher) e reformar os outros, antigos. Só banheiro? E o resto da casa, eu pergunto? Só banheiro, o resto da casa tá ótimo, ele fala. Quando eles acabam de falar, já tem de comprar pelo menos umas setes privadas, cinco bidês, um monte de cubas, cada uma de um jeito, e chuveiros, e aquele monte de revista me olhando.

Somos agora arquitetos higiênicos, é um grande símbolo de status ter privadas em excesso, vai entender... O assunto dentro do mundo dos arquitetos vai crescendo, é uma maluquice, não acaba nunca, as casas daqui a pouco serão uns banheirões com umas salinhas adjacentes. E num outro dia dei até entrevista para uma dessas revistas, só pedi para não tirar foto, credo.

Mas o pior, o pior é que as pessoas nunca experimentam antes, entende?
Ninguém compra privada e bidê sentando neles, eu não entendo por quê.

Deveria sentar, claro, verificar se é cômoda, se é alta, baixa, fina, se o posicionamento das pernas (isso no caso dos homens, em pé) é bom, essas coisas. Mas ninguém faz, também, pensa bem, fazem uma lojas lindas de banheiro, todas chiques, brilhantes, parecem o palácio das mijadas (palavrinha mais feia, perdões), colocam (literalmente) os vasos sanitários como tronos, quem tem coragem de posar de rei na frente da vendedora-simpática-de-preto?(...)
Lúcia Carvalho
Arquiteta

16.1.05

Fronteiras do bem e do mal


Bem..., cá estou eu mais uma vez as voltas com o Biel na NET.
Para quem ainda não conhece, o Biel é um cidadãozinho brasileiro, que exatamente dentro de 11 dias ele estará completando cinco aninhos, apesar de ser bem esmirradinho e aparentar três. Este cidadãozinho é meu filho caçula.

Os que conhecem o Biel sabem que o mesmo é hiper - tudo: Hiperativo, hiper-carinhoso, hiper-levado, hiper-bruto, hiper-inteligente, hiper-safo, ... Pra resumir ele é hiper qualquer coisa que vocês possam imaginar em relação a uma criança completamente saudável. Ai ai ai a Bel e Sra. Neli que o digam hehehe

Mas corujices maternas a parte, vamos ao que interessa:
Como citei a pouco o Biel é muito carinhoso e criou um hábito próprio de me oferecer “flores”, sendo que as mesmas podem ser: uma flor colhida do jardim de um vizinho, como uma simples folha de árvore ou mesmo um matinho colhido da alguma calçada, o que importa para o Biel e demonstrar o carinho que tem por mim. Porém Eu não acho certo que ele retire as plantinhas do seu habitat natural, mesmo que seu intuito seja dos melhores e tomei a seguinte posição:

Disse a ele que toda vez que ele quiser dizer que me ama, que ele me dê um beijo e um forte abraço, pois não era certo colher as plantinhas ou flores, pois elas acabariam morrendo e não era isso que nós queríamos.

Pois bem, ele concordou e passou a me dar “trilhões” de beijos por dia, às vezes pede que eu feche os olhos e que me abaixe e me lasca um SMACK! Daqueles. Penso eu hoje, que o lance das plantinhas está resolvido.

Porém da mesma forma que ele é carinhoso ele é muito bruto, principalmente com os animais que ele tanto gosta, às vezes comparamos o Biel com a personagem Felícia dos desenhos animados, pois ele age igualzinho a ela. Por exemplo: para dar um abraço em uma de nossas cadelas ele acaba por enforcá-la antes de lascar um beijo na ponta do focinho da pobre coitada, que depois acaba por sair cambaleante. E devido ao fato de saber que esse carinho-bruto pode vir a nos trazer complicações com animais de terceiros, tenho orientado ao Biel, dizendo que os animaizinhos sentem dor, choram, igual a ele e coisas do tipo. Tenho dito também, que devemos ter muito carinho com os animais e que não devemos maltratá-los sob hipótese alguma e que também não devemos igualmente as plantinhas, retirá-los de seu habitat natural, pois os mesmo morreriam e como com as plantinhas não era isso que nós queríamos.

Com as plantinhas deu certo de estalo, já com os amiguinhos animais está sendo um pouco mais complicado, mas ele está caminhando ....

Voltemos ao Biel:
Hoje eu preparando o almoço de domingo, o Biel parou no meio da cozinha e ficou a me observar por alguns segundos e começou com a sabatina:
- Mãe...! Batata é plantinha?
- Sim Biel, batata é plantinha.
- Cebola é plantinha?
- Sim, cebola também é plantinha.
Silêncio por alguns segundos e ele me observa temperar o peixe que seria nosso almoço.
- Mãe...! Esse peixe é igual ao que tem lá na praia?
- É sim...
- E quem trouxe ele de lá? Diz ele indignado com os bracinhos cruzados à altura do peito.
- Papai comprou no mercado.
- Ahhh... E quem levou o peixinho para o mercado?
- O moço que pescou o peixe. Respondi já começando a achar que algo vinha por trás da sabatina.
- E quando o moço pesca o peixinho lá na praia ele mata o peixinho?
- Sim Biel, quando retiramos o peixinho da água da praia ele morre.
- Mãe, mas batata é plantinha né?
- Sim eu já disse que é.
- Mãe..., porque o moço mata o peixinho?
Comecei a ficar preocupada, com a insistência no assunto e respondi.
- Ele não mata o peixinho, o peixinho morre porque é retirado da água. E o moço só pesca por que nós precisamos comer para ficarmos fortinhos.
Após essa minha resposta o Biel me olhou de forma inquiridora apertando os olhinhos e muito desconfiado saiu da cozinha sem dizer mais nada.

Pois bem, depois disso comecei a refletir aonde ele queria chegar. Acho que sei.... e estou me perguntando desde aquele instante:

Como fazer uma criança aos seus quase cinco anos entender o limite entre o bem e o mal, se eles estão bem próximos e não existe uma fronteira visível?


Pensar.... Pensar....

14.1.05

Quando me amei de verdade...


Quando me amei de verdade,
Pude compreender que em qualquer circunstância,
Eu estava no lugar certo, na hora certa.
Então pude relaxar.

Quando me amei de verdade,
Pude perceber que o sofrimento emocional
É um sinal de que estou indo contra a minha verdade.

Quando me amei de verdade,
Parei de desejar que a minha vida fosse diferente
E comecei a ver que tudo o que acontece contribui
Para o meu crescimento.

Quando me amei de verdade,
Comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma coisa
Ou alguém que ainda não está preparado
Inclusive eu mesma.

Quando me amei de verdade,
Comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável.
Isso quer dizer: pessoas, tarefas, crenças
E qualquer coisa que me pusesse baixo.
Minha razão chamou isso de egoísmo
Mas hoje eu sei que é amor-próprio.

Quando me amei de verdade,
Deixei de temer meu tempo livre
E desisti de fazer planos.
Hoje faço o que acho certo e no meu próprio ritmo.
Como isso é bom!

Quando me amei de verdade,
Desisti de querer ter sempre razão
E com isso errei muito menos vezes.

Quando me amei de verdade,
Desisti de ficar revivendo o passado
E de me preocupar com o futuro.
Isso me mantém no presente,
Que é onde a vida acontece.

Quando me amei de verdade,
Percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar.
Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração,
Ela se torna uma grande e valiosa aliada.

Trechos do livro: "Quando Me Amei De Verdade "
Kim McMillen & Alison McMillen