19.11.06

Você escolheria um traidor?

Muitos pais, ao escolherem o nome do seu filho, procuram saber o significado deste nome, outros apenas escolhem de acordo com seu gosto pessoal ou homenageiam alguém. Independentemente dos motivos da escolha, notamos que nomes bíblicos como José e Maria são os mais usados em toda história e com certeza os nomes dos doze apóstolos, entre eles Pedro, Paulo, João e Marcos, são sem dúvida os “campeões de bilheteria”.

E quanto a Judas? Você conhece alguém chamado Judas Iscariotes? Realmente, entre todos os apóstolos, Judas é o que recebe 100% de rejeição. E você escolheria um traidor? Vamos além, você seria um traidor?

Se analisarmos a fundo esta história, vamos ver que, mesmo não levando seu nome, muitas vezes agimos como Judas agiu em relação a Jesus. Não acredita?

Texto: Mt 26: 14-16, 20-23, 47-50
Este texto fala a respeito de todo o processo da traição. Desde o instante em que Judas vai negociar o preço, até o momento em que entrega Jesus com um beijo.

Um dos escolhidos
Judas Iscariotes recebeu trinta moedas de prata para trair Jesus. Essa atitude fez de Judas o traidor mais famoso do mundo. Porém, antes disso ele foi um dos doze apóstolos escolhido pelo próprio Cristo.

Se Jesus o escolheu, de certo Judas era um homem bom. Provavelmente possuía um coração sincero além de amor e temor a Deus. Imagino também que ele tivesse disposição para conhecer e aprender mais sobre o Mestre Jesus. Sendo assim, o que teria acontecido para que Judas tomasse uma decisão tão reprovável depois de andar ao lado dEle durante tanto tempo?

Cuidado com o que parece inofensivo
A queda de Judas Iscariotes aconteceu da mesma forma que ocorre hoje com muitas pessoas. Gradativamente.

Dentre os apóstolos, Judas foi designado por Cristo para cuidar das finanças do grupo. E fez isto muito bem, acredito que eles deixaram de passar por muitas necessidades por causa da competência de Judas.

Porém lentamente, Judas deu ouvidos às mentiras do mundo, talvez tenha começado pegando uma pequena parte da quantia. “Afinal, que mal há nisso? É só uma moedinha!”, ele deve ter pensado. Pouco a pouco, a negligência de Judas ganhou proporções maiores, até que, cego pelo ganância e com o seu coração endurecido, foi capaz de trair Jesus.

Com um beijo, Judas mostrou aos soldados quem era Jesus (Mateus 26. 47-50).
Todos as pessoas são passíveis de cometer erros e os cometem. As investidas do mundo começam sutilmente, com coisas aparentemente inofensivas. Sem vigília ou cuidado, negligenciamos os mandamentos do Senhor e abrimos brechas para o mal até que, como aconteceu com Judas, ficamos insensíveis à voz de Deus.

O arrependimento ou remorso?
O apóstolo Pedro também traiu Jesus ao negá-lo três vezes (Mt 26.69-75), mas a Bíblia relata seu arrependimento, “e saindo dali, chorou amargamente” (Mt 26.75b). O real arrependimento nos trás o perdão do Senhor. Jesus provavelmente deu muitas chances a Judas, como também as dá a você e a mim. Ele deixou claro que sabia dos planos de traição (Mt 26.23). Mas Judas não o ouviu.

O que levou Judas ao suicídio foi o remorso de saber que, por causa da sua traição, Jesus seria crucificado. O arrependimento é bem diferente do remorso. Ele nos faz mudar de atitude e recomeçar.

A frieza espiritual cauteriza o coração
Com o coração frio, chega um momento em que nada mais nos incomoda. Quando Cristo disse que o traidor colocaria a mão no prato com Ele, não tinha a intenção de expor Judas e sim de dar-lhe uma chance de arrepender-se. Mas Judas não olhou nos olhos do Senhor.

Da mesma maneira, hoje, o Senhor vem falar a você: “eu conheço suas intenções, sei das suas motivações. Olhe em meus olhos, sinta o meu amor. Arrependa-se porque há caminho que para o homem parece bom, mas o fim dele conduz a morte” (Pv 14.12).

Pr. Rinaldo Luiz de Seixas Pereira (Pr. Rina)


Não, a Bíblia ainda não é meu livro de cabeceira,
mas como diria Night Eyes:

(...)foi só uma questão de achá-la adequada para alguma coisa(...)

Bom, encontrei este texto do Pr. Rina quando eu fazia uma busca no Google sobre um assunto que não tinha nada haver com traição, traidores, remorso ou arrependimento, mas “pra variar”... Parece que “as coisas” ainda vêm ao meu encontro, nos momentos certos e nas horas oportunas.

Neste mesmo dia, algumas horas antes, eu conversei com uma amiga, sobre alguns fatos que estavam guardados comigo e que achei que estava na hora dela ficar ciente, já que a mesma não estava conseguindo “enxergar” sozinha ou mesmo não estar querendo acreditar.

Coincidências... Coincidências...