28.3.06

O Cachorro e o Coelho

Eram dois vizinhos. Um deles comprou um coelho para os filhos.
Os filhos do outro vizinho também quiseram um animal de estimação. O homem comprou um filhote de pastor alemão.

Conversa entre os dois vizinhos:
- Ele vai comer o meu coelho!
- De jeito nenhum. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos, "pegar" amizade...

E, parece que o dono do cão tinha razão. Juntos cresceram e se tornaram amigos. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As crianças, felizes com os dois animais. Eis que o dono do coelho foi viajar com a família e o coelho ficou sozinho.

No domingo, à tarde, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche quando, de repente, entra o pastor alemão com o coelho entre os dentes, imundo, sujo de terra, morto. Quase mataram o cachorro de tanto agredi-lo, o cão levou uma surra! Dizia o homem:

- O vizinho estava certo, e agora? Só podia dar nisso!
Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E agora?! Todos se olhavam. O cachorro, coitado, chorando lá fora, lambendo os seus ferimentos.

- Já pensaram como vão ficar as crianças?

Não se sabe exatamente quem teve a idéia, mas parecia infalível:
- Vamos lavar o coelho, deixá-lo limpinho, depois a gente seca com o secador e o colocamos na sua casinha.

E assim fizeram. Até perfume colocaram no animalzinho. Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças. Logo depois ouvem os vizinhos chegarem. Notam os gritos das crianças.

- Descobriram!
Não passaram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.

- O que foi? Que cara e essa?
- O coelho, o coelho...
- O que tem o coelho?
- Morreu!
- Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem.
- Morreu na sexta-feira!
- Na sexta?
- Foi antes de viajarmos, as crianças o enterraram no fundo do quintal e agora reapareceu!

A história termina aqui. O que aconteceu depois não importa. Mas o grande personagem desta história é o cachorro. Imagine o coitado, desde sexta-feira procurando em vão pelo seu amigo de infância. Depois de muito farejar, descobre o corpo morto e enterrado. O que faz ele... Provavelmente com o coração partido, desenterra o amigo e vai mostrar para seus donos, imaginando fazer ressuscitá-lo. E o ser humano continua o mesmo, sempre julgando os outros...

Outra lição que podemos tirar desta história é que o homem tem a tendência de julgar os fatos sem antes verificar o que de fato aconteceu.

Quantas vezes tiramos conclusões erradas das situações e nos achamos donos da verdade?
Mario Prata

7 comentários:

Anônimo disse...

História muito linda!!! Estava procurando-a na internet!!! Abraços


Igor - ilmb82@yahoo.com.br

Anônimo disse...

fAZ TEMPO QUE RECEBI UM EMAIL DE UMA AMIGA COM ESSE TEXTO E ACABEI PERDENDO, INCLUSIVE PQ PERDI O CONTATO COM ELA. ADOREI ENCONTRA-LO NOVAMENTE. É UM TEXTO ILUMINADO. VOU PARTILHAR COM MEUS AMIGOS.pr

Anônimo disse...

reamelte é uma liçao de vida para todos nos,parabens pelo auto da mensagem eu admiro nao somente o conteudo mas de quem vem o reltado.........beijos

gilvantomas disse...

ess historia serve como lição pra aquelas pessoas que gostan de julgar pessoas inocente. E apesar de ser muito linda parabems para quem a fes>>>...



G!7v@n thomas

Zilda Carloni disse...

o autor desta crônica é o Mário Prata. Por favor, retire o "autor desconhecido" e insira o ilustre escritor!
Obrigada
Prof Zi

Sil disse...

Olá Profª Zilda,
Correção feita!
Obrigado pela ajuda, fico feliz quando os leitores/visitantes interagem me ajudando a corrigir os textos, acrescentando informações sobre os autores que ainda não consegui identificar ou mesmo comentando/debatendo sobre os temas dos textos em si.
Mais uma vez grata.

Anônimo disse...

oi gostaria de saber ainda, se souberes me responder, se o autor se inspirou em fatos reais, ou onde se inspirou. é para u trabalho de aula.
obrigada💕