"Prometa e cumpra. Pronto: você acaba de se tornar a única lâmpada acesa na escuridão do mundo. E a mais desejada, adorada e... cara."
Frase de Bill Bixby, ator. O texto abaixo é de Aldo Novak.
Todas as vezes nas quais dizemos algo, estamos fazendo um juramento. Não importa se temos alguma consciência disso. Não importa se quem escuta não tem interesse no que dizemos. Ainda assim, cada palavra que parte de nós, é um juramento. Um pacto.
Talvez por isso, mais do que qualquer outra coisa, os Cavaleiros da Távola Redonda, prezavam tanto a palavra. Talvez por isso, os maiores heróis que conhecemos, na vida real ou na ficção, sejam aqueles que prezam sua palavra e, com freqüência, enfrentam a dor e o peso de sofrer para manter essa palavra. Aqueles para os quais o conceito de honra vai muito além da abstração literária.
Não importa se a Távola existiu ou não. Nem importa se o Rei Arthur faz parte da história ou somente da lenda. O que importa, pense comigo, é que as estórias ficcionais, mesmo aquelas travestidas de fatos históricos, refletem com força avassaladora aquelas raízes profundamente incrustadas em nossa mente, que nos causam admiração e respeito. Por isso, a força da palavra é tão respeitada e desejada por nós, mesmo que pouco praticada.
Todos os grandes heróis da ficção são pessoas de palavra. Por isso os admiramos. Sabemos que podemos confiar neles. Mesmo quando falham sabemos, no nosso íntimo, que em nenhum momento eles esqueceram o que disseram. Sabemos que, grande parte do tempo, eles mantiveram suas promessas na mente e agiram, sem nenhuma dúvida, com base nessas promessas, não nas facilidades de ocasião.
Superman, e a palavra que deu para defender a Terra; Zorro, e a palavra que deu em defender a justiça; Luke Skywalker, e a palavra que deu em defender a galáxia da opressão. Todos eles são heróis de ficção, mas de onde nasce a ficção? Do nada?
A ficção sempre nasce do fogo que existe em nossos corações e mentes, sendo somente o reflexo da mais essencial realidade. A ficção sempre nasce da realidade, tornando-se uma forma ímpar de transferir para milhões de pessoas uma série de conceitos essenciais para a vida, mesmo que abstratos, sem que a mensagem seja bloqueada por nossos filtros de "lógica", geralmente confusos e incoerentes.
As mais admiráveis histórias são aquelas que têm, do começo ao fim, alguém que diz o que fará e faz o que disse que faria. Por que "Romeu & Julieta" é uma das histórias de amor que resiste ao tempo? Porque os dois agiram de acordo com suas palavras. Independente do final trágico, no fundo cada um de nós gostaria de ter a seu lado alguém que diz coisas nas quais podemos confiar cegamente, como Romeu podia confiar em Julieta; como Julieta podia confiar em Romeu.
Cada um de nós gostaria de ter pessoas à sua volta, que tivessem um total comprometimento com a própria palavra dada.
Mas quantos de nós oferecem o mesmo? Quantos de nós estão comprometidos com as palavras ditas. Você está? As dez pessoas mais importantes da sua vida podem confiar cegamente na sua palavra? Responda em silêncio. A resposta pode doer.
Sim, eu sei que quando fazemos isso, abrimos mão de escudos. Nos tornamos passíveis de errar. Podemos, até mesmo, descobrir que somos os heróis da história, e a outra pessoa, a vilã. Pode ser.
Ainda assim, liste ao menos 1 pessoa para a qual você jamais, nunca romperia a palavra e diria sempre a verdade absoluta. Escolha essa pessoa com cuidado, usando a razão e o coração. Ofereça à essa pessoa a honra de poder confiar em você cegamente. E cumpra suas promessas.
Minha sugestão, é a de que essa primeira pessoa seja você mesmo.
Que cada palavra e promessa que você fizer ao homem ou mulher que aparece diante do seu espelho, toda manhã, seja cumprida ao pé da letra. Doa o quanto doer. Ganhe a confiança dessa pessoa. Olhe-a nos olhos. Agradeça aos deuses do Olimpo por ela existir. E ofereça a sua confiança nela, e sua palavra de honra que cumprirá todas as promessas ditas ou não ditas.
Sim, a palavra pode ser sonora ou apenas indicada. Cumpra toda promessa, mesmo aquelas que não foram ditas.
O risco da dor é o preço pago pela busca do amor - mesmo do amor por si próprio.
Minha sugestão, é a de que a segunda pessoa seja aquela que divide com você a existência. Deixo em aberto o significado disso, já que pode ser uma esposa/marido, namorada/namorado ou simplesmente um amigo/amiga.
Se você falhar (e todos podemos falhar, seja na ficção ou realidade), faça como os heróis fazem. Desculpe-se. Reflita e dobre seu nível de comprometimento. Sempre que quebramos a palavra com alguém, temos que pagar o preço de reconquistar sua confiança. Pode demorar, especialmente se você quebrou a palavra para com seu espelho. Mas vale a pena ter alguém com quem você pode ser 100% franco.
Quando você pode confiar naquilo que diz para si mesmo, fica muito mais fácil oferecer essa mesma confiança e comprometimento para outra pessoa. E quando começamos a fazer isso, em um mundo no qual a maioria das pessoas diz o que não pensa, faz o que não quer e esquece tudo o que disse quando é conveniente, nos tornamos essenciais no tecido da vida da outra pessoa. O compromisso com a verdade e com a palavra é tão raro, que a maioria das pessoas nem acha que isso é possível. E, quem promete muito para poucos, e cumpre suas promessas, pode muito bem se transformar em um herói da vida real.
Não que haja qualquer importância em ser um herói. A importância está em ser alguém em quem outro alguém pode confiar cegamente. A importância está em ter alguém em quem se possa confiar cegamente. Não prometa tudo para todos. Somente para alguns. Se você tiver apenas 10 pessoas que possam confiar cegamente em todas as suas promessas, você já estará acima dos bilhões de pessoas que habitam esse planeta. Escolha essas pessoas com cuidado e, se elas não fizerem o mesmo por você, tire-as de sua lista e escolha alguém em quem possa confiar.
Como disse Bill Bixby, "Prometa e cumpra. Pronto: você acaba de se tornar a única lâmpada acesa na escuridão do mundo. E a mais desejada, adorada e... cara."
Prometa pouco para muitos, e muito para poucos. Os poucos que podem confiar cegamente em você. Feito isso, o mundo todo torna-se muito mais simples. Muito mais confortável. Muito mais alegre. E muito mais seu.
Frase de Bill Bixby, ator. O texto abaixo é de Aldo Novak.
Todas as vezes nas quais dizemos algo, estamos fazendo um juramento. Não importa se temos alguma consciência disso. Não importa se quem escuta não tem interesse no que dizemos. Ainda assim, cada palavra que parte de nós, é um juramento. Um pacto.
Talvez por isso, mais do que qualquer outra coisa, os Cavaleiros da Távola Redonda, prezavam tanto a palavra. Talvez por isso, os maiores heróis que conhecemos, na vida real ou na ficção, sejam aqueles que prezam sua palavra e, com freqüência, enfrentam a dor e o peso de sofrer para manter essa palavra. Aqueles para os quais o conceito de honra vai muito além da abstração literária.
Não importa se a Távola existiu ou não. Nem importa se o Rei Arthur faz parte da história ou somente da lenda. O que importa, pense comigo, é que as estórias ficcionais, mesmo aquelas travestidas de fatos históricos, refletem com força avassaladora aquelas raízes profundamente incrustadas em nossa mente, que nos causam admiração e respeito. Por isso, a força da palavra é tão respeitada e desejada por nós, mesmo que pouco praticada.
Todos os grandes heróis da ficção são pessoas de palavra. Por isso os admiramos. Sabemos que podemos confiar neles. Mesmo quando falham sabemos, no nosso íntimo, que em nenhum momento eles esqueceram o que disseram. Sabemos que, grande parte do tempo, eles mantiveram suas promessas na mente e agiram, sem nenhuma dúvida, com base nessas promessas, não nas facilidades de ocasião.
Superman, e a palavra que deu para defender a Terra; Zorro, e a palavra que deu em defender a justiça; Luke Skywalker, e a palavra que deu em defender a galáxia da opressão. Todos eles são heróis de ficção, mas de onde nasce a ficção? Do nada?
A ficção sempre nasce do fogo que existe em nossos corações e mentes, sendo somente o reflexo da mais essencial realidade. A ficção sempre nasce da realidade, tornando-se uma forma ímpar de transferir para milhões de pessoas uma série de conceitos essenciais para a vida, mesmo que abstratos, sem que a mensagem seja bloqueada por nossos filtros de "lógica", geralmente confusos e incoerentes.
As mais admiráveis histórias são aquelas que têm, do começo ao fim, alguém que diz o que fará e faz o que disse que faria. Por que "Romeu & Julieta" é uma das histórias de amor que resiste ao tempo? Porque os dois agiram de acordo com suas palavras. Independente do final trágico, no fundo cada um de nós gostaria de ter a seu lado alguém que diz coisas nas quais podemos confiar cegamente, como Romeu podia confiar em Julieta; como Julieta podia confiar em Romeu.
Cada um de nós gostaria de ter pessoas à sua volta, que tivessem um total comprometimento com a própria palavra dada.
Mas quantos de nós oferecem o mesmo? Quantos de nós estão comprometidos com as palavras ditas. Você está? As dez pessoas mais importantes da sua vida podem confiar cegamente na sua palavra? Responda em silêncio. A resposta pode doer.
Sim, eu sei que quando fazemos isso, abrimos mão de escudos. Nos tornamos passíveis de errar. Podemos, até mesmo, descobrir que somos os heróis da história, e a outra pessoa, a vilã. Pode ser.
Ainda assim, liste ao menos 1 pessoa para a qual você jamais, nunca romperia a palavra e diria sempre a verdade absoluta. Escolha essa pessoa com cuidado, usando a razão e o coração. Ofereça à essa pessoa a honra de poder confiar em você cegamente. E cumpra suas promessas.
Minha sugestão, é a de que essa primeira pessoa seja você mesmo.
Que cada palavra e promessa que você fizer ao homem ou mulher que aparece diante do seu espelho, toda manhã, seja cumprida ao pé da letra. Doa o quanto doer. Ganhe a confiança dessa pessoa. Olhe-a nos olhos. Agradeça aos deuses do Olimpo por ela existir. E ofereça a sua confiança nela, e sua palavra de honra que cumprirá todas as promessas ditas ou não ditas.
Sim, a palavra pode ser sonora ou apenas indicada. Cumpra toda promessa, mesmo aquelas que não foram ditas.
O risco da dor é o preço pago pela busca do amor - mesmo do amor por si próprio.
Minha sugestão, é a de que a segunda pessoa seja aquela que divide com você a existência. Deixo em aberto o significado disso, já que pode ser uma esposa/marido, namorada/namorado ou simplesmente um amigo/amiga.
Se você falhar (e todos podemos falhar, seja na ficção ou realidade), faça como os heróis fazem. Desculpe-se. Reflita e dobre seu nível de comprometimento. Sempre que quebramos a palavra com alguém, temos que pagar o preço de reconquistar sua confiança. Pode demorar, especialmente se você quebrou a palavra para com seu espelho. Mas vale a pena ter alguém com quem você pode ser 100% franco.
Quando você pode confiar naquilo que diz para si mesmo, fica muito mais fácil oferecer essa mesma confiança e comprometimento para outra pessoa. E quando começamos a fazer isso, em um mundo no qual a maioria das pessoas diz o que não pensa, faz o que não quer e esquece tudo o que disse quando é conveniente, nos tornamos essenciais no tecido da vida da outra pessoa. O compromisso com a verdade e com a palavra é tão raro, que a maioria das pessoas nem acha que isso é possível. E, quem promete muito para poucos, e cumpre suas promessas, pode muito bem se transformar em um herói da vida real.
Não que haja qualquer importância em ser um herói. A importância está em ser alguém em quem outro alguém pode confiar cegamente. A importância está em ter alguém em quem se possa confiar cegamente. Não prometa tudo para todos. Somente para alguns. Se você tiver apenas 10 pessoas que possam confiar cegamente em todas as suas promessas, você já estará acima dos bilhões de pessoas que habitam esse planeta. Escolha essas pessoas com cuidado e, se elas não fizerem o mesmo por você, tire-as de sua lista e escolha alguém em quem possa confiar.
Como disse Bill Bixby, "Prometa e cumpra. Pronto: você acaba de se tornar a única lâmpada acesa na escuridão do mundo. E a mais desejada, adorada e... cara."
Prometa pouco para muitos, e muito para poucos. Os poucos que podem confiar cegamente em você. Feito isso, o mundo todo torna-se muito mais simples. Muito mais confortável. Muito mais alegre. E muito mais seu.
Aldo Novak
Diretor da Academia Novak do Brasil